quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Belíssima!!!

Sugiro leitura!!! A discriminação contra estudantes fora do “padrão” corporal nas escolas brasileiras.

A discriminação contra estudantes fora do “padrão” corporal nas escolas brasileirasImprimir

2013 . Ano 10 . Edição 78 - 16/01/2014

Luis Claudio Kubota

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Há poucas décadas, o problema da desnutrição em certas regiões do Brasil era alvo de intenso debate na sociedade. Embora a questão da desnutrição aguda esteja praticamente superada no Brasil, um fenômeno de natureza oposta emergiu: a obesidade. O objetivo deste texto é abordar um aspecto relativamente pouco explorado do fenômeno: o preconceito contra os estudantes “gordos” e, surpreendentemente, também contra os “muito magros”.

Estudos indicam que os obesos são vítimas de preconceito em ambientes escolares, de trabalho, instituições de saúde e mesmo no meio familiar. No caso dos jovens, esse fenômeno pode se refletir em gozações, agressões físicas e isolamento social. Utilizando dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) – parceria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística com o Ministério da Saúde – encontramos evidências de que os alunos que se percebem como “muito gordos”, “muito magros” e “gordos” estão proporcionalmente mais sujeitos a serem vítimas frequentes de bullying, uso de medicamentos sem prescrição para perda ou ganho de peso, uso de laxantes ou indução ao vômito, uso de cigarro e drogas, problemas com álcool, violência familiar, ferimentos, entre outros comportamentos e eventos não desejáveis, em relação a estudantes que se consideram “normais” ou “magros”.

Os padrões de resposta são semelhantes para as escolas públicas e privadas. Dentre os estudantes da rede governamental, 19,4% dos que se consideram “muito gordos” declararam ser vítimas de bullying frequentes, contra 5,9% dos que se classificam como “normais”. Na rede privada, os valores para as mesmas classificações são de 17,8% e 6,1%, respectivamente.

No caso das jovens, metade das que se consideram “muito gordas” se sentem sós na maioria das vezes ou sempre, contra 34,4% das “muito magras”, 30,3% das “gordas” e apenas 17,7% das “normais”. A aparência é o motivo do bullying para 48,2% das que se julgam “muito gordas”, contra 29,8% das “muito magras”, 27,7% das “gordas” e apenas 7,9% das “normais”.

No que diz respeito aos rapazes, os resultados são similares: 32,5% dos que se classificam como “muito gordos” se sentem sós na maioria das vezes ou sempre, contra 19,2% dos “muito magros”, 15,1% dos “gordos” e apenas 8,9% dos “normais”. No que concerne à aparência como motivo principal do bullying, há diferenças em relação ao caso feminino: 49,6% para os “muito gordos”, contra 36,5% dos “gordos”, 17,1% dos “muito magros” e 7,4% dos “normais”.

A análise, a partir dessa ótica de percepção corporal, mostra que os estudantes que se classificam fora do padrão “normal” encontram-se em situação de vulnerabilidade, sendo vítimas e também atores de bullying na escola (provavelmente como resposta e defesa), sujeitando seus organismos ainda em formação ao consumo de substâncias prejudiciais, bem como práticas agressivas como a indução ao vômito.

Os resultados sugerem a existência de um fenômeno complexo e recursivo, com o preconceito levando a uma baixa estima, comportamentos nocivos à saúde e uma situação de isolamento social.

importante fazer duas ressalvas. A primeira é que esse diagnóstico não se aplica a todos que se classificam como “muito gordos”, “gordos” ou “muito magros”. Provavelmente muitos deles levam vidas perfeitamente harmônicas na escola e no lar. A segunda é que a PeNSE é estatisticamente representativa dos alunos do 9º ano no ensino fundamental. Entretanto, é mais do que razoável supor que o fenômeno ocorra também em séries anteriores e posteriores.

Feitas essas ressalvas, os indicadores levam a algumas reflexões sobre as políticas públicas. Em primeiro lugar, é importante que os profissionais do ensino estejam atentos ao preconceito em função da aparência. Qualquer aluno sujeito a discriminações constantes será vítima de sofrimento psíquico, com evidentes prejuízos ao seu aprendizado.

Ao passo em que algumas formas de discriminação, como a racial e de gênero, são objeto de grandes preocupações, é importante atentar para outras formas de preconceito que podem afetar o desempenho escolar. Uma exploração mais aprofundada dos dados da PeNSE pode contribuir para um maior entendimento da extensão do fenômeno da discriminação por aparência.


Conheça o drama que envolve a outra face da questão da segurança, um problema que tanto preocupa os brasileiros: a vida nas prisões.

Sistema - Penitenciário Crime e castigoPDFImprimirE-mail

2005. Ano 2 . Edição 7 - 1/2/2005

Conheça o drama que envolve a outra face da questão da segurança, um problema que tanto preocupa os brasileiros: a vida nas prisões.
 


Por Andréa Wolffenbüttel*, de São Paulo

crimeJardins procuram humanizar o ambiente dentro dos presidios

Quando o sol desaparece na fronteira oeste do país, um grupo de 350 mil brasileiros, espalhados de norte a sul, contabiliza um dia a menos em sua pena e se prepara para enfrentar outra noite dentro de celas insalubres. Esse contingente imenso de homens e mulheres, maior do que a população de Vitória, capital do Espírito Santo, é uma parcela ínfima de todos os que alguma vez praticaram atos contra a lei, mas é uma carga muito maior do que a estrutura penitenciária tem condições de abrigar. Existem hoje, mais especificamente, 116 mil excedentes no sistema. Gente que vive amontoada.

E se o fluxo se mantiver no mesmo ritmo, a projeção é que chegaremos a 2007 com 476 mil pessoas encarceradas no Brasil. Considerando que o custo médio mensal de manutenção de um preso é de três salários mínimos, a conta a ser paga, ao final do ano, será de 4,5 bilhões de reais. A situação é dramática em muitos sentidos. Os brasileiros reclamam, com razão, da falta de segurança nas cidades e da baixa eficiência da polícia. O Estado não tem sequer os instrumentos necessários para arcar com o número atual de presidiários - que dirá de uma população que cresce a taxas superiores a 12% ao ano.

E os presos, nas condições em que vivem, têm reduzidíssimas possibilidades de recuperação e reintegração à sociedade ao final do cumprimento da pena. É uma contabilidade em que a coluna das perdas cresce rapidamente. Para todos. A dos ganhos é mínima.
"O mais preocupante é que não existe uma política penal definida para resolver o problema", alerta Daniel Cerqueira, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A avaliação de Cerqueira tem o apoio de praticamente todos os administradores e estudiosos da questão. "A ausência de diretrizes é um reflexo da forma como a sociedade encara a questão. Ninguém gosta de bandido.

O crime representa o que deu errado no nosso modelo. A população quer segurança, quer ver o criminoso atrás das grades e ponto. Não quer saber o que acontece no interior das cadeias", diz Ângelo Roncalli, que foi diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão do Ministério da Justiça, de 1998 a 2002. Mas a indiferença da sociedade vem sendo profundamente abalada por uma série de acontecimentos violentos que se encadearam desde o início da década de 90 e não pararam desde então. Primeiro houve o massacre do Carandiru, em 1992. Depois veio a megarrebelião organizada através de aparelhos de telefone celular, que envolveu 20 unidades prisionais do estado de São Paulo, em 2001. E no ano passado ocorreu o caso dos 31 mortos no motim em Bangu, no Rio de Janeiro.

Entre cada uma dessas memoráveis rebeliões, centenas de outros distúrbios ocuparam diariamente os noticiários e dividiram as opiniões entre os que defendem um maior recrudescimento no trato do preso e aqueles que acreditam que a solução passa necessariamente pela melhoria das condições de vida dos presidiários. Entre os que trabalham dentro do sistema penal, a segunda opção é unanimidade. E essa postura está totalmente respaldada pela lei que rege a estrutura penitenciária do país, a Lei de Execução Penal, sancionada há vinte anos. "O Brasil tem uma das legislações mais avançadas do mundo, que serviu de modelo para a lei de execução penal da Argentina e da Espanha. O problema é que ela simplesmente não é cumprida", explica Sérgio Mazina, vice-presidente da entidade civil Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim).

Direitos A Lei de Execução Penal estipula em seu primeiro artigo que o Estado tem de buscar a ressocialização do criminoso, e para isso precisa garantir alguns direitos fundamentais a quem perdeu a liberdade. Entre eles, o direito ao trabalho e à educação. Como as penitenciárias não foram construídas prevendo essas atividades, pouquíssimos detentos estudam ou trabalham. Em outras palavras, eles continuam tão fora-da-lei, atrás dos muros da prisão, quanto estavam antes. Com o agravante de que, nesse caso, o Estado também descumpre a legislação.

Alguns trechos da Lei de Execução Penal parecem beirar o absurdo, como por exemplo o artigo em que está escrito que o condenado será alojado em celas individuais. Na prática, a obediência a esse item obrigaria o país a construir sete unidades penais de 500 celas individuais todos os meses, só para os novos presos. Um estudo realizado por Clayton Nunes, atual diretor do Depen, no ano passado, calculava que o investimento necessário para colocar em ordem o sistema seria de 1,2 bilhão de reais, enquanto o Fundo Penitenciário Nacional detém apenas 200 milhões de reais. Para piorar a situação, o governo federal costuma reter as verbas do fundo, repassando apenas uma pequena parte para o Depen, que financia a construção de novas unidades prisionais. Em 2004, apenas 12% do valor foi entregue.

O ambiente dentro das penitenciárias não poderia deixar de refletir o agravamento da tensão social e da profissionalização do crime fora delas. A atual chefe de pesquisa do Instituto Rui Barbosa, Elizabeh Sussekind, que já foi secretária nacional de Justiça, tesmunhou a transformação da vida nos bolsões de pobreza, como as favelas do Rio de Janeiro. "Fiquei chocada quando entrei num barraco e vi uma senhora de 70 anos enrolando trouxinhas de maconha. Estava morta de vergonha e fingiu que não me viu, mas eu sei que ela não tem alternativa. Ou se submete ao tráfico ou passa a ser tratada como inimiga", conta Sussekind.

"Onde o Estado se ausenta, alguém toma o controle. Isso aconteceu nos morros cariocas, e acontece dentro dos presídios, onde o número de condenados aumentou enormemente e não houve crescimento proporcional de vagas nem de funcionários." Ela lembra que a situação dos agentes também é desesperadora porque a falta de recursos os deixa indefesos. Com suas declarações, Sussekind aponta para mais um dos elementos que compõem a problemática do sistema penitenciário: o altíssimo nível de corrupção entre os que deveriam estar lá para controlar e apoiar os presos.

"Antigamente o detento tinha medo do guarda, hoje em dia, a situação se inverteu." Uma demonstração da gravidade da situação foi verificada pelo Secretário da Administração Penitenciária (SAP) do Estado de São Paulo, Nagashi Furukawa. Ele descobriu que na prisão de Avaré, no interior do estado, os visitantes pagavam uma taxa ao entrar no presídio, e que o dinheiro arrecadado era depositado na conta de um dos detentos. "Penso que muitas vezes não é corrupção, mas é algo pior, a anuência de quem não tem as condições necessárias para controlar a situação", diz. 

Alternativas Visto como um todo, o problema é tão grande que parece insolúvel, porém iniciativas bem-sucedidas vêm acontecendo. Algumas delas estão exatamente onde o desafio é maior, no estado de São Paulo, que abriga 40% da população carcerária do país, 131 mil presos, e onde se registraram as mais organizadas e violentas rebeliões dos últimos tempos. Os chamados Centros de Ressocialização (CR) são unidades prisionais pequenas, com capacidade para 210 detentos, administradas em conjunto pela SAP e por organizações não-governamentais.

A custódia, a segurança e a disciplina dos presos são de responsabilidade do governo, enquanto toda a parte administrativa e de apoio, como advogados, médicos e as oficinas de trabalho, fica por conta da ONG. Atualmente existem 20 CRs no estado de São Paulo, que conseguem abrigar somente 4.200 presos, ou seja, pouco mais de 4% de todo o contingente, mas eles indicam que há alternativas para o caos atual. O primeiro grande diferencial é que dentro de um CR nunca há mais detentos do que a estrutura pode comportar.

Cada presidiário tem sua cama, seu colchão, seu armário, ou seja, um espaço para sua individualidade. Além disso, todos os condenados são de regiões próximas, o que faz com que tenham um contato estreito e constante com a família e a comunidade. E, por fim, a característica determinante para o sucesso do modelo é que todos os presos trabalham. "Preferimos pensar no CR como uma espécie de internato", diz Maura Batista da Cruz, diretora do CR de Sumaré.

 

O objetivo é criar um ambiente que ajude o resgate da dignidade e do amor-próprio do detento, que aliás não é chamado de detento e sim de reeducando. As celas também não são celas, senão alojamentos, cujas portas estão sempre abertas porque o trânsito é livre dentro do CR. Por sinal, o trânsito também é quase livre para fora do CR, já que a estrutura de segurança é mínima. "Não é tão difícil subir na grade do gol, pular para o teto e ir embora", diz Robson Moreira, presidente da ONG que cuida do CR de Sumaré. E será que isso acontece? Sim, já ocorreu algumas vezes. Mas na avaliação geral concluiu-se que as escapadas só serviram para valorizar a atitude dos que optam por permanecer, mesmo quando a tentação é grande. 

Os CRs são uma forma de evitar que quem cometeu pequenos delitos acabe freqüentando o que se convencionou chamar de "escola do crime". Desnecessário dizer que há uma fila imensa de pedidos de transferência para os CRs, mas lá só entra um quando outro sai - a única forma de manter o controle. Celso Antunes conseguiu ser admitido no CR de Sumaré e está lá há um ano e dez meses. "Existem as pessoas que cometeram crimes e existem os que são criminosos. Eu sou do primeiro grupo. Quero pagar pelo meu erro e voltar para a minha vida", diz ele, que não gosta de lembrar do que classifica como a "panela de pressão" da Penitenciária de Ribeirão Preto, onde cumpriu a primeira parte de sua pena. 

Não há estatísticas exatas que mostrem o nível de reincidência dos egressos dos CRs, mas estima-se que esteja por volta de 15%, um índice baixo se comparado à média nacional, que gira em torno dos 70 a 80%. Para Furukawa, o fato de um condenado comprovar sua determinação em cumprir a pena demonstra que está apto a voltar à sociedade. Baseado nesse princípio, ele propôs que seja concedida a liberdade a todo preso que tenha saído cinco vezes para visitar a família e voltado para a penitenciária. Esse benefício contempla os presos de regime semi-aberto, que têm direito a sair cinco vezes por ano, por sete dias, para visitar a família. "Uma pessoa com auto-disciplina para retornar à prisão depois de passar uma semana fora dela por cinco vezes, não precisa mais estar preso", declara Furukawa. O presidente Luiz Inácio Lula da Sila acatou a sugestão, que foi incluída no último decreto de indulto. 

Terceirização Algumas iniciativas vão ainda mais longe do que os CRs em termos de compartilhar a responsabilidade pelos detentos com a iniciativa privada: são as penitenciárias terceirizadas. A prática é muito difundida nos Estados Unidos e na Inglaterra, porém as quatro unidades terceirizadas instaladas no Brasil geram debates acalorados entre os especialistas. Os que apóiam o projeto, como é o caso de Sussekind, enumeram uma longa lista de vantagens: não há superlotação, os agentes são profissionais treinados, as condições de ambiente são muito melhores, não há fugas nem rebeliões, e, sobretudo, o nível de reincidência é baixo.

Dilza Sbrissia dirige desde 1999 o Presídio Industrial de Guarapuava, no Paraná, uma das unidades terceirizadas. Ela estima que a reincidência entres os presos que passaram por lá, e trabalharam primeiramente para uma fábrica de móveis e atualmente para uma fábrica de calçados, gira entre 5 e 7%.Para os defensores do sistema terceirizado, só esse dado já seria suficiente para provar o sucesso da receita, mas os críticos questionam muitos pontos. O primeiro deles é o custo do preso que fica sob custódia privada: no mínimo, 70% mais alto do o custo médio nacional. Depois, há a possibilidade do descompromisso por parte dos funcionários, que podem trocar de emprego a qualquer momento, ou mesmo deflagrar greves, já que são trabalhadores de empresas privadas.

E há até os que questionam a constitucionalidade do modelo. "A privatização de prisões é inaceitável sobretudo sob o ponto de vista ético e moral. Numa sociedade democrática, a privação da liberdade é a maior demonstração de poder do Estado sobre seus cidadãos e, como tal, só pode ser exercida pelo próprio Estado", diz Julita Lemgruber, ex-diretora geral do Sistema Penitenciário do Rio de Janeiro. Mas a ameaça mais velada e perversa da terceirização das penitenciárias é a possibilidade de que as empresas tenham interesse em manter encarcerados justamente os "melhores" presos, ou seja, aqueles que rendem mais no trabalho.

A questão é amplamente discutida nos Estados Unidos, onde existem diversas empresas cuja atividade é exclusivamente a construção e a manutenção dos presídios. No Brasil, o assunto ainda está restrito aos círculos de especialistas, mas certamente virá à tona caso o modelo comece a se generalizar. Por enquanto, as penitenciárias terceirizadas abrigam cerca de mil condenados, e as atenções continuam voltadas aos problemáticos estabelecimentos tradicionais. 

A situação é tão preocupante que despertou o interesse de diplomatas ingleses no Brasil. A Embaixada britânica criou, em 2003, um programa para implantar, dentro das penitenciárias brasileiras, o Manual de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). "O projeto procura fundamentalmente trabalhar a postura dos funcionários, a forma como eles enxergam a si próprios e aos detentos, transformar essa relação tão difícil e desgastada em algo mais humano e mais respeitoso", explica Rosane Zachetti, gerente de ciência e sociedade do Conselho Britânico. Por insistência do secretário Furukawa, o programa foi implantado inicialmente em quatro penitenciárias do estado de São Paulo.

 

Os diretores foram convidados a conhecer o Manual, a participar de workshops e a avaliar o que seria possível fazer dentro de cada uma das unidades para adequar o funcionamento aos padrões de respeito aos direitos humanos. "As alterações externas foram pequenas", conta Luis Carlos Catirce, diretor da Penitenciária de Casa Branca, uma das quatro participantes do projeto, "o mais notável foi a mudança que ocorreu com os funcionários, que passaram a ter mais respeito pelo próprio trabalho e pelo preso.

Por exemplo, mudamos a forma de receber os condenados que chegam à prisão. Passamos a fazer revistas individuais, em vez da constrangedora revista coletiva. Também damos palestras explicando aos novatos as regras de funcionamento da casa e promovemos entrevistas individuais com o assistente social e o psicólogo. Isso tranqüiliza quem está totalmente assustado". Após dois anos, o programa está passando por uma avaliação externa, pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo. Caso se comprovem resultados positivos, será estendido a outros estados. 

Para muitos especialistas, entre eles Cerqueira, do Ipea, a solução está, de fato, fora dos presídios. "É preciso encontrar um meio de frear essa máquina que abarrota cada vez mais as cadeias", diz ele. Um desses "freios" são as penas alternativas, a atual menina dos olhos do Ministério da Justiça. Elas têm a vantagem de não afastar o condenado da sociedade e não onerar as contas do sistema penitenciário.

O custo de manutenção de um criminoso em pena alternativa é de cerca de 10% do valor da pena tradicional. Mas a idéia ainda enfrenta restrições por parte da opinião pública e dos magistrados. Sussekind visitou todos os estados montando núcleos de penas alternativas e ouviu muitas críticas de juízes. "Eles dizem que não têm como saber se o condenado está cumprindo a pena, e que muitas vezes é o mesmo que absolvê-lo." Apesar de todas as dificuldades, a aplicação de penas alternativas vem crescendo. Nos últimos três anos elas saltaram de 2,7% para 11% das condenações.

Está visto que punir criminosos não é tarefa simples, barata nem eficiente. E ainda há um problema adicional. Os obstáculos que retardam a saída dos presos são muitos, sobretudo a conhecida lentidão da Justiça, que faz com que, só no estado de São Paulo, mais de 8 mil pessoas permaneçam encarceradas depois do cumprimento de suas penas. Outra imensa pedra no caminho da liberdade é a Lei dos Crimes Hediondos (LCH), criada no início dos anos 90 para conter a onda de seqüestros e reprimir o tráfico de drogas.

Os condenados pelos crimes previstos na LCH cumprem toda a sentença em regime fechado, não podendo jamais evoluir para o sistema semi-aberto. Com o passar do tempo, novos crimes foram incluídos à LCH, vista pelos especialistas em ciências criminais como excessiva. "Essa lei é um equívoco. Não tem eficiência alguma. Surgiu para combater o narcotráfico e ele jamais cresceu tanto como nos últimos dez anos", diz Lemgruber.

Ela não está sozinha na avaliação. Recentemente, o coro dos insatisfeitos ganhou uma adesão importante, a do Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que prometeu rever a LCH. "Acho que nós precisamos saber quanto custa a Lei dos Crimes Hediondos para o Brasil, para o sistema prisional e qual o benefício que ela trouxe", declarou o ministro na época.

Se os caminhos que levaram à atual situação do sistema prisional brasileiro são diversos, complexos e nasceram no cerne dos problemas sociais, a rota de saída parece passar necessariamente por três pontos: a eliminação da superlotação, a valorização dos funcionários e a redução das condenações.

O Ministério da Justiça fez um estudo do sistema e divulgará nos primeiros meses de 2005 um relatório apresentando a realidade que a sociedade não gosta de ver, mas não pode mais ignorar. Nunes, atual diretor no Depen, resume o problema numa questão: "No Brasil não temos pena de morte e não temos prisão perpétua, portanto todo homem que entra numa prisão um dia sairá dela. Que homem você quer que saia?"

* Com Pedro Ivo Alcântara, de Brasília


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

RSRS!!!

Por que a desigualdade extrema prejudica os ricos?

Por que a desigualdade extrema prejudica os ricos?

  • 20 janeiro 2015
(Reuters)
Estudo de consultoria britânica prevê que, em 2016, 1% mais ricos terão mais dinheiro do que os 99% mais pobres

"Poderíamos ter desenvolvido uma vacina para o ebola anos atrás se tivéssemos direcionado recursos para a pesquisa apropriada da doença".

Ouvi essa frase, há alguns dias, de um cientista respeitado ─ na verdade, uma das maiores autoridades mundiais em saúde pública.

Então por que até hoje a cura para uma doença que já matou quase 10 mil pessoas apenas na África Ocidental ainda não foi descoberta?

A resposta é simples: a pesquisa não aconteceu porque o ebola foi considerado, por um longo tempo, uma doença exclusiva dos pobres – em particular da África. Sendo assim, os gigantes farmacêuticos não tinham interesse em produzir medicamentos que não lhes trariam dinheiro.

Hoje o ebola é uma ameaça global ─ e, portanto, há uma corrida maluca para encontrar algum tratamento efetivo para a doença.

O que a tragédia evitável do ebola mostra é que, em um mundo globalizado, os interesses dos ricos e pobres são muitas vezes os mesmos ─ embora seja difícil para as empresas reconhecer essa reciprocidade de interesses quando há pressão por lucros em curto prazo.

Essa solidariedade entre aqueles com pouco e aqueles com muito também se esvai quando os governos são pressionados pelos eleitores para utilizar o dinheiro dos impostos apenas em prol da saúde doméstica.

Leia mais: Quanto é preciso ter para estar entre o 1% mais rico do planeta?

Talvez o ponto mais importante é que, quando as decisões sobre quem fica com o que ou sobre como os fundos de investimento são alocados cabem ao mercado, o resultado parece beneficiar apenas os ricos, mas a consequência dessa ação pode acabar prejudicando ricos e pobres.

Este é um forte argumento sobre por que o fosso cada vez maior entre ricos e pobres, em termos de riqueza e renda, é ruim para todo mundo ─ inclusive para os super-ricos, a não ser que eles queiram viver para sempre enclausurados em seus bunkers lindamente decorados.

Livre mercado?

(Reuters)
Ampliação da desigualdade de renda vem preocupando economistas e governos

A questão é que o funcionamento dos mercados, em nosso mundo globalizado moderno, tanto leva à extrema concentração de riqueza quanto a resultados cada vez mais irracionais no que se refere à alocação de fundos para combater ameaças ou promover bens públicos.

Essa é uma das razões pelas quais tanto o FMI (Fundo Monetário Internacional) quanto políticos de esquerda e de direita não vêm mais encarando com leveza o aumento do abismo entre ricos e pobres como um mal talvez custoso, mas necessário "para promover o crescimento".

Trata-se, na verdade, de como um século de estreitamento das desigualdades agora parece dar sinais de marcha à ré.

Para ser mais claro: na segunda-feira, a ONG britânica Oxfam divulgou um estudo prevendo que, em 2016, os 1% mais ricos terão mais dinheiro do que os 99% dos demais habitantes do planeta. A estimativa não me parece de todo implausível.

Um relatório recentemente divulgado pelo banco Credit Suisse revelou que, em 2014, 0,7% das pessoas do mundo com ativos de mais de US$ 1 milhão (R$ 2,65 milhões) controlavam 44% de toda a riqueza mundial.

Leia mais: Riqueza de 1% deve ultrapassar a dos outros 99% até 2016, alerta ONG

E uma importante pesquisa conduzida pelos professores Emmanuel Saez e Gabriel Zucman, da Universidade da Califórnia em Berkeley (Estados Unidos) e da LSE (Inglaterra) mostrou que os 0,1% americanos mais ricos ─ ou 160 mil famílias, com patrimônio médio de cerca de US$ 73 milhões (R$ 194 milhões) cada ─ detêm mais de um quinto de toda a riqueza do país, ou o mesmo montante controlado pelos 90% dos americanos mais pobres.

Existem todos os tipos de razões pelas quais tais aumentos na desigualdade são preocupantes, e não apenas para aqueles que estão na base da renda e da pirâmide de riqueza.

Uma delas é que pessoas de ambição com rendimentos mais baixos são incentivadas a assumir grandes dívidas para sustentar seus padrões de vida ─ o que agrava a tendência de altos e baixos da economia.

Outra é que os pobres gastam mais do que os ricos de forma agregada e, portanto, o crescimento tende a ser mais rápido quando a renda é distribuída mais uniformemente.

Então o discurso do Estado da União de Obama, o qual se espera que contenha uma proposta para a tributação dos mais ricos, talvez deva ser visto como uma tentativa tardia de promover a estabilidade econômica e social que beneficiará ainda mais os ricos ─ mas que será muito provavelmente barrada pelo Congresso, hoje de maioria republicana.

E o mais impressionante é a crescente percepção, inclusive por parte dos super-ricos, de que já não é tão simples argumentar que a "igualdade de oportunidades" é tudo o que importa.

Ou melhor, não pode haver igualdade de oportunidades em um mundo onde existe um tipo de desigualdade que não temos visto desde as primeiras décadas do século passado.

ONU: Países da América Latina lideram índice de homicídios no mundo

ONU: Países da América Latina lideram índice de homicídios no mundo

  • 10 abril 2014
Violência no Brasil
O Brasil possui um indíce de 25,2 homicídios por 100 mil habitantes

A América Latina se manteve como a região que concentra os países com o maior índice de mortes violentas por homicídio e armas de fogo do mundo, segundo relatório da Organização das Nações Unidas divulgado nesta quinta-feira.

Embora não esteja no topo da lista, que compara o índice de homicídios em relação ao conjunto da população, o Brasil concentra isoladamente o maior número de casos. Em 2012, 50.108 pessoas foram vítimas de homicídio no país, ou uma taxa de 25,2 mortos para cada 100 mil habitantes.

O estudo, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e baseado em dados oficiais disponíveis até 2012, aponta que 157 mil homicídios ocorreram nas Américas, ou 36% do total mundial, com países latino-americanos na liderança da lista.

No mundo, a taxa média de homicídios é de 6,2 para cada 100 mil pessoas, mas o sul da África e a América Central têm taxas quatro vezes maiores.

Honduras foi o país com a maior taxa de homicídios do mundo, com um índice de 90,4 mortes para cada 100 mil habitantes. O país centro-americano é seguido pela Venezuela, com taxa de homicídios de 53,7.

No outro lado da lista, os principados de Mônaco e Liechtenstein tiveram taxa zero de homicídio. Já Cingapura teve uma taxa de 0,2 morto por 100 mil habitantes e o Japão, 0,3.

No caso brasileiro, o estudo apontou que, embora a taxa de homicídios brasileira tenha mudado pouco nos últimos 30 anos, houve menos mortes no Rio de Janeiro e em São Paulo. A situação piorou, no entanto, nas regiões norte e nordeste.

Na América Latina, o Chile foi o país com o menor número de homicídios, com um total de 550 mortes, equivalente a uma taxa de 3,1 para cada 100 mil pessoas. No entanto, este número não coloca o país entre a lista de nações com menor ocorrência de homicídios do mundo, já que fica atrás de quase todos os países da Oceania e muitos da Europa e da Ásia.

Em novembro do ano passado, a Organização Mundial de Saúde, também da ONU, mostrou que a taxa de homicídios na América Latina cresceu 11% entre 2000 e 2010. Diferente de outros continentes onde os níveis estão em baixa, a taxa de homicídios cresce na América Latina.

Segundo o estudo da ONU, os dados reunidos em 2012 apontam que na África 135 mil pessoas morreram nesse ano no continente. Na Ásia foram, 122 mil; na Europa, 22 mil; e na Oceania, 1.100 homicídios, chegando a um total de 437 mil.

Jovens são maioria

Segundo o relatório, a maior parte das vítimas de homicídios são menores de 30 anos. A maioria dos casos ocorrem em áreas urbanas.

O levantamento chama atenção para fatores de risco como o uso de drogas e álcool e a disponibilidade de armas.

Apesar de homens serem as maiores vítimas de homicídios, em contextos familiares as mulheres são as que mais morrem. O estudo ressalta a necessidade de politicas públicas de prevenção, assim como pede um maior esforço para investigar crimes, processar e punir os culpados.

O relatório define homicídio como a ação de matar alguém intencionalmente. As estatísticas não incluem mortes causadas por guerras, suicídios, homicídios não-intencionais nem mortes “justificáveis”, como aquelas previstas na polêmica lei americana de autodefesa.

Brasil é o 11º país mais inseguro do mundo no Índice de Progresso Social.

Brasil é o 11º país mais inseguro do mundo no Índice de Progresso Social

Novo indicador calculou os níveis de segurança pessoal em 132 países.
Brasil ficou com 37,50 pontos, de um total de 100 pontos possíveis.

Do G1, em São Paulo

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A violência é o principal item que puxa para baixo o desempenho do Brasil em qualidade de vida, de acordo com dados do relatório Índice de Progresso Social (IPS) divulgado nesta sexta-feira (4). Entre os 132 países analisados pelo documento, o Brasil aparece como na 122ª posição no ranking de segurança pessoal. Ou seja, considerando o final do ranking como o de país mais inseguro, o Brasil aparece em 11º lugar.

A lista ém encabeçada pelo Iraque, considerado o país mais inseguro do mundo. Em seguida aparecem Nigéria, Venezuela, República Centro-Africana, África do Sul, Chade, República Dominicana, Honduras, México, Sudão e Brasil.

Países que recentemente foram alvos de manifestações violentas como Egito, Líbano, Ucrânia e Iêmen tem índice de segurança pessoal maior que o Brasil.

O IPS é elaborado pela da organização sem fins lucrativos Social Progress Imperative e seus dados estão divididos em três grupos: necessidades humanas básicas, fundamentos de bem estar e oportunidades. Cada um tem quatro indicadores de qualidade. No índice geral de qualidade de vida, o Brasil ficou na 46ª posição na edição de 2014 do IPS.

  

OS 11 PAÍSES
MAIS SEGUROS

OS 11 PAÍSES MENOS SEGUROS

1º) Islândia - 93,45 pontos

 

1º) Iraque - 21,52 pontos

2º) Suécia - 93,35

2º) Nigéria - 23,57

3º) Suíça - 92,75

3º) Venezuela - 27,55

4º) Noruega - 92,75

4º) Rep. Centro-Africana - 29,41

5º) Dinamarca - 92,56

5º) África do Sul - 30,90

6º) Japão 92,33

6º) Chad - 31,97

7º) República Checa - 92,08

7º) República Dominicana - 32,90

8º) Áustria - 91,67

8º) Honduras - 33,94

9º) Canadá - 91,58

9º) México - 34,61

10º) Eslovênia - 91,39

10º) Sudão - 37,25

11º) Finlândia - 89,29

11º) BRASIL - 37,50

Fonte: Índice de Progesso Social

O Brasil soma 37,25 pontos em segurança pessoal em uma escala de 0 a 100. O Iraque tem 21,52 pontos. O país mais seguro do mundo, segundo o índice, é a Islândia, com 93,45 pontos, seguida por Suécia, Suíça, Noruega, Dinamarca e Japão.

Na América do Sul, o Brasil aparece como menos inseguro apenas que a Venezuela. Depois vêm Colômbia, Equador, Peru, Paraguai, Argentina, Bolívia, Chile e Uruguai, este, o com a maior pontuação em termos de segurança (72,01 pontos).

São cinco os quesitos usados para avaliar o nível de segurança dos cidadãos de cada país: a taxa de homicídios, o nível de crimes violentos, a percepção sobre a criminalidade, o terror político e as mortes no trânsito.

O Brasil é um dos 24 países com maior média de mortes violentas, com mais de 20 homicídios por 100 mil habitantes, segundo dados compilados pelo relatório a partir de informações da Unidade de Inteligência da revista britânica The Economist.

Em uma classificação de 1 a 5 para medir o nível de problemas que o governo e os negócios podem sofrer nos próximos dois anos por causa da criminalidade, o Brasil ficou com o nível 4.

Em termos de percepção geral da criminalidade, o Brasil também ficou no nível 4, em uma escala de 1 a 5, onde 5 representa a menor confiança possível na maioria dos cidadãos.

O relatório também inseriu na comparação entre países alguns dados de relatórios da Anistia Internacional e do governo dos Estados Unidos sobre o terror político, ou seja, a atuação dos governos em relação a opiniões opositoras.

Nesse caso, o Brasil ficou com a pontuação 3,5, entre os níveis 3, que indicam características de um Estado que aceita prisões por motivações políticas, com ou sem julgamento, e 4, referentes a um governo que viola direitos civis e políticos sistematicamente, e onde tortura e desaparecimentos são fenômenos cotidianos.

Já entre as mortes no trânsito, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o país ficou na 29ª posição, com 22,5 mortes a cada 100 mil habitantes.

Percepção de tolerância
O terceiro grupo de indicadores do IPS, que se refere às oportunidades aos cidadãos em uma sociedade, também traz diversos quesitos que abordam as percepções de tolerância de grupos sociais diversos, como mulheres, imigrantes e homossexuais. O Brasil ficou com 5,9 pontos em uma escala de um a dez que analisa o nível de pressão que alguns grupos sofrem em termos de discriminação, sentimento de impotência, violência étnica, comunitária, sectária e religiosa.

Nesse quesito, o país ficou na 71ª posição, segundo dados da ONG Fundo para a Paz.

Os dados do IPS reuniram também respostas de uma pesquisa feita pela Gallup World Poll com mulheres, homossexuais e imigrantes. A pesquisa perguntou a mulheres se o tratamento que elas recebem em seu país é respeitoso e digno. No caso do Brasil, só 28% das participantes da pesquisa disseram que sim (número mais alto que apenas em seis outros países).

O instituto de pesquisas também perguntou à população se a cidade onde eles moram era boa para imigrantes de outros países, e 69% dos respondentes brasileiros concordaram. No ranking mundial, o Brasil ficou na 37ª posição entre os países mais intolerantes a imigrantes. Também foi feita a mesma pergunta em relação à aceitação de gays e lésbicas. Nesse caso, 62% dos brasileiros afirmaram que sim.

PELA REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL PARA 14 ANOS E MUDANÇAS NO CÓDIGO PENAL E SUA APLICAÇÃO.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Como descobrir se você está sendo traído? Marco Cavalcante

Como descobrir se você está sendo traído?


Marco Cavalcante


 Marco Cavalcante


Marco Cavalcante


Talvez a dúvida de muita gente e até a sua no momento em que está lendo isto é como descobrir a traição do parceiro ou parceira. E suas perguntas ultimamente talvez estejam sendo: “Será que ele/ela me trai?”, “Será que estou sendo enganado(a)?”, “

Posso confiar na pessoa que esta comigo?”, são muitas duvidas na sua cabeça que te trouxeram até esta postagem.

Talvez sua desconfiança já tenha chegado ao limite de suas forças e você não aguente mais viver na duvida de saber se vive com uma pessoa infiel. Também pode ser apenas imaginação da sua cabeça pelo fato de você ter medo de está vivendo uma ilusão sentimental. Ou talvez realmente você tenha razão pelo modo como as coisas tem andado na sua relação. O certo é que de duas, uma: Ou você está muito paranoico ou o seu parceiro(a) está te traindo mesmo, mas você não tem certeza.


E como descobrir isto? E será que você está preparado para o resultado das sua conclusões? Siga lendo.


1 – ELE(A) NÃO TE PROCURA MAIS


É quando a pessoa amada deixa de querer intimidades com você na mesma frequência que tinha antes. E muitas vezes, quando você a procura, ela inventa uma desculpa para não ter intimidades com você.


2 – ELE(A) TOCA ÀS VEZES NO ASSUNTO “SEPARAÇÃO”

Acontece às vezes de, no meio de uma pequena discussão, a pessoa tocar no assunto dizendo “agente vai acabar se separando” ou “melhor separar logo” ou “A separação pode acabar com isso”.


3 – ELE(A) NÃO COSTUMA MAIS DIZER PALAVRAS ROMÂNTICAS E/OU CARINHOSAS QUE DIZIA ANTES

Quando você conhece alguém, este tem um padrão de comportamento para contigo. Quando isto muda de repente, é sinal de que algo está errado. Muitas vezes as pessoas passam a não ser mais a mesma com outras porque estão encontrando fora da relação alguém com quem elas podem ser assim.


4 – ELE(A) COSTUMA TER MUITAS REUNIÕES E VIAGENS DE TRABALHO

Esta é clássica e o mundo tá cheio de histórias deste tipo. Viagens repentinas, reuniões frequentes e coisas semelhantes requerem um alerta.


5 – ELE(A) JÁ NÃO CHEGA MAIS CEDO EM CASA

Às vezes o transito tá horrível mesmo, mas não sempre. Chega todo dia muito atrasado em casa é um sinal de que algo está acontecendo.


6 – ELE(A) SEMPRE BUSCA MOTIVOS PARA FICAR SOZINHO(A)

Dizer que precisa de um tempo; que quer pensar sozinho; que precisa relaxar; podem ser desculpas para disfarça o fato de que está querendo mesmo é ficar longe de você. Principalmente quando é uma pessoa que, anteriormente, daria tudo para ficar ao seu lado. Também pode ser sinal de que ele não está mais satisfeito com a relação, mesmo que a pessoa não esteja te traindo.


7 – ELE(A) PARECE TER COLOCADO A RELAÇÃO UM POUCO ABAIXO NA SUA LISTA DE PRIORIDADES

Quando em tudo a pessoa te colocava em primeiro lugar e agora parece que você é a ultima das opções, então é hora de parar e pensar porque isto está acontecendo. Muitas vezes vai ser apenas um esfriamento na relação, mas outras pode ser traição na certa.


8 – ELE(A) PARECE ESTAR COM UM CIÚMES INCONTROLÁVEL

Pessoas que traem normalmente pensam que o parceiro(a) também fará o mesmo. Então se você vê um ciúmes exagerado que não via antes, fique atento(a) porque pode ser que esta pessoa esteja sendo infiel.


9 – ELE(A) PASSA TEMPO DEMAIS EM REDES SOCIAIS E NÃO QUER QUE VOCÊ FUCE NO PERFIL DELE(A)

As redes sociais tem sido 20% das causas de divorcio nos Estados Unidos, muitos romances secretos começam por lá. Quando seu companheiro está muito tempo nestas redes conversando em chats, é de se preocupar.


10 – ELE(A) MENTE ÀS VEZES E VOCÊ ACABA DESCOBRINDO DEPOIS

No relacionamento tudo que não pode existir é a mentira, pois é um péssimo sinal. Quando alguém mente passa a destruir a confiança que o outro tem nele. Se seu parceiro(a) está mentindo, então é porque tem algo a esconder.



E então? Será que algumas destas dicas estão acontecendo no seu relacionamento? Se a resposta for sim é melhor ficar atento(a). E se você for uma pessoa muito paranoica você vai acabar contratando um detetive, embora eu não recomende.