sábado, 6 de abril de 2013

PARABENS A PBH. AGILIDADE E COMPROMISSO. Por mais agilidade, PBH libera início de obras sem projeto executivo. MARCÃO CAVALCANTE.

06/04/2013 07:20 - Atualizado em 06/04/2013 07:20

Por mais agilidade, PBH libera início de obras sem projeto executivo

Amália Goulart e Ana Flávia Gussen - Hoje em Dia


Lucas Prates/Arquivo Hoje em Dia
Obras do BRT na avenida Cristiano machado - Lucas Prates
Obras em BH poderão ser agilizadas, mas a prefeitura só utilizará a medida em casos excepcionais

Para acelerar as obras na capital, o prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) permitirá que empreendimentos sejam iniciados sem o projeto executivo concluído. Segundo decreto publicado nesta sexta-feira (5) no Diário Oficial do Município (DOM), as obras poderão começar apenas com o projeto básico.
O decreto abre a possibilidade para que qualquer obra seja contratada sem o detalhamento executivo. Ele não diz nada a respeito de exceções. 
 
O prefeito alega, no entanto, que vai utilizar da permissão apenas para casos excepcionais. “A prefeitura, como política, definiu que só contrata com projeto executivo. O decreto é apenas para regulamentar as exceções, que podem ocorrer eventualmente por demanda de tempo e urgência”, argumentou. 
 
De acordo com o prefeito, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) autorizou as contratações sem projeto executivo. “O Tribunal de Contas já admite esta possibilidade. Ou seja, você faz uma licitação com projeto básico, incluindo a execução do projeto executivo durante a obra. O Regime Diferenciado de Contratação (RDC) já é assim. Aí você já tem o preço fechado”, justificou. 
 
RDC
 
O projeto executivo é o que traz o conjunto dos elementos necessários à execução completa da obra, como quantidade e qualidade de material, especificações, cálculos e detalhes de todas as etapas do empreendimento.
 
Devido aos eventos da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, o governo federal conseguiu aprovar no Congresso o RDC. Anteriormente, uma licitação só poderia acontecer se a obra tivesse projeto executivo. A mudança teve como premissa agilizar contratações. Os críticos alegam, entretanto, que, ao ser mais flexível, abriria brecha para possíveis irregularidades, como aumento de aditivos e preços acima de mercado. O governo contesta a ideia. 
 
Na prefeitura, o inciso que trata do novo regime de obras foi inserido ao decreto de 2009 que constitui o grupo executivo de Coordenação Geral, Planejamento, Gestão e Finanças.

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