sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Funcionários dos Correios retornam nesta sexta-feira Trabalhadores conseguem reajuste de 6,5%, definido por unanimidade pelo TST, e colocam fim à greve da categoria

Funcionários dos Correios retornam nesta sexta-feira Trabalhadores conseguem reajuste de 6,5%, definido por unanimidade pelo TST, e colocam fim à greve da categoria


Zulmira Furbino -
Publicação: 28/09/2012 07:21 Atualização: 28/09/2012 10:03
Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que estavam em greve, voltam a trabalhar hoje depois de conseguirem reajuste de 6,5%, definido por unanimidade pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). O aumento é retroativo a 1º de agosto. O índice concedido pelo TST é superior à proposta dos Correios, que pretendiam dar 5,2% de aumento para seus 120 mil empregados. O tribunal também declarou que a greve dos empregados dos Correios não é abusiva. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), que representa 31 das 35 regionais, pedia 43,7% de reajuste.

Enquanto isso, as negociações salariais das categorias que têm convenção coletiva no segundo semestre continuam. Em Minas, cerca de 300 mil metalúrgicos, que trabalham em 10 mil indústrias metalúrgicas, estão à espera da decisão do reajuste salarial da categoria, depois de uma reunião infrutífera ocorrida ontem com os representantes das empresas, na qual os trabalhadores reduziram a reivindicação de aumento salarial de 12% para 11,5%. As empresas propõem 5%. No ABC paulista, 32 mil metalúrgicos já conseguiram elevar o seu salário em 8%. Os bancários voltaram ao trabalho ontem depois de acertarem correção salarial de 7,5%.

Mesmo com a negociação salarial em curso, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, cerca de 1.300 trabalhadores da metalúrgica Magna, instalada em São Joaquim de Bicas, na Grande BH, cruzaram os braços ontem pela manhã. A empresa fornece estrutura para bancos para a Fiat Automóveis.


João Alves de Almeida, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, explica que as empresas estão com dificuldades de estabelecer um percentual único. “Na Magna houve uma rodada de negociação com a diretoria, que é de origem canadense. Eles pediram tempo para formular uma proposta para apresentar aos trabalhadores, uma vez que a decisão é tomada nos Estados Unidos”.

Em campanha salarial desde julho, além do reajuste de 11,5%, os metalúrgicos reivindicam abono correspondente a um salário nominal, piso salarial de R$ 933 nas empresas com até 400 empregados, de R$ 1.244 nas fábricas entre 401 e 1 mil empregados e R$ 1.555 nas companhias com mais de 1 mil empregados.

A categoria também quere garantia de emprego por 90 dias e redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais .

Nova reunião
De acordo Osmani Teixeira, presidente do Conselho Relações do Trabalho da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e representante das empresas na negociação, trabalhadores e empresários não chegaram a um acordo porque a Fiemg entende que o percentual de reajuste reivindicado é alto demais. “Esse percentual está distante da possibilidade das empresas e de qualquer coisa que tenha sido assinada no Brasil em termos de convenção coletiva”, sustenta.

Ele explicou que a Fiemg só pode aprovar um percentual de correção para os salários que seja aceito pela maioria das empresas envolvidas na negociação. “Não fizemos contraproposta ontem porque não nos sentimos em condições de fazê-lo.” Nova reunião entre patrões e empregados está marcada para 9 de outubro. A expectativa das indústrias é chegar a um acordo até o dia 11 do mês que vem.

Nenhum comentário: