quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Baixos salários dificultam a contratação de trabalhadores para a Copa.

Baixos salários dificultam a contratação de trabalhadores para a Copa

Ameaçado pelo apagão de mão de obra, governo de Minas abre 42 mil vagas para capacitação em turismo e hotelaria


carlos rhienck
hotel
A gerente Susana Diniz e a equipe da recepção do Hotel Sol: promoções como estratégias


Para tentar evitar
um apagão de mão de obra durante a Copa do Mundo, o Governo de Minas
abrirá 42 mil vagas para cursos de capacitação em atividades ligadas à
hotelaria e à hospitalidade. Os setores que trabalham com turismo
enfrentam, atualmente, dificuldades para atrair pessoal e estão perdendo
profissionais para a indústria e a construção civil, que oferecem
melhores salários de entrada em funções de baixa qualificação.

As inscrições para parte dos cursos já estão abertas e vários deles
serão gratuitos. A iniciativa é fruto da parceria firmada na última
terça-feira (24) entre o Governo do Estado e o Sistema Federação do
Comércio de Minas Gerais (Fecomércio).

A última iniciativa parecida, no entanto, não foi bem sucedida. No
ano passado, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas
Gerais (Abih-MG) abriu 50 vagas para formação de profissionais de
hotelaria (camareiras, recepcionistas e outros), em Belo Horizonte,
dentro de um programa que previa o aumento gradativo do número de
alunos. Ao final do ano, o programa só conseguiu formar 12 pessoas por
falta de adesão.

Segundo o presidente do Sistema Fecomércio, Lázaro Gonzaga, desta vez
serão oferecidos 250 tipos de cursos diferentes, todos com o enfoque na
recepção de turistas na Copa do Mundo. Entre os cursos, estão previstos
a capacitação de taxistas, de agentes de informação turística, de
condutor de visitantes, inglês e espanhol para turismo e hospitalidade,
entre outros.

O diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
(Senac Minas), José Carlos Cirilo, explica que os cursos serão
ministrados em diversas cidades com potencial turístico do estado. Boa
parte dos cursos terão vagas gratuitas para trabalhadores com renda per
capita inferior a dois salários mínimos. A ideia é que novas turmas
sejam abertas em função da demanda.

O secretário de estado de Trabalho e Emprego, Carlos Pimenta,
reconhece que a falta de pessoas interessadas em se qualificar pode ser
um problema, mas não um impedimento para o desenvolvimento do programa.
Ele acredita que a oferta de trabalho imediato atrairá pessoas que
buscam o primeiro emprego.

O secretário de Estado Extraordinário da Copa do Mundo, Sérgio Barroso, lembra que essa mão de obra será necessária mesmo após a Copa do Mundo e que, uma vez qualificada, poderá ter salários melhores.

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