Protesto pede justiça e marca oito anos da "Chacina de Unaí"
Sindicato Nacional de Auditores Fiscais (Sinait) espera que o julgamento de cinco dos nove réus indiciados ocorra ainda este ano
Maurício de Souza
Manifestantes, cerca de 100 pessoas, ocuparam a entrada do prédio da Justiça Federal
Um ato público foi
realizado na manhã desta sexta-feira (27) para lembrar a “Chacina de
Unaí" que completa oito anos no próximo sábado (28) sem que nenhum dos
nove réus tenha sido julgado.
Os manifestantes, cerca de 100 pessoas, ocuparam a entrada do prédio da
Justiça Federal, na avenida Álvares Cabral, no bairro Santo Agostinho,
na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Com faixas e panfletos, eles pediram o julgamento imediato dos nove réus
indiciados pela morte dos auditores-fiscais Eratóstenes de Almeida
Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e do
motorista Ailton Pereira de Oliveira, executados por tiros à
queima-roupa, em janeiro de 2004.
Durante o protesto, que teve a participação de Elba Soares, viúva do
auditor Nelson José da Silva, foram soltos cinco mil balões pretos.
Cinco mil balões pretos foram soltos em homenagem às vítimas da chacina. (Foto: Maurício de Souza)
Para a presidente do Sindicato Nacional de Auditores Fiscais (Sinait),
Rosânegla Rassy, a expectativa é que o caso seja finalmente julgado
ainda neste ano, já que houve o desmembramento do processo de cinco dos
acusados.
O crime ocorreu na zona rural de Unaí, no Noroeste de Minas. Os
auditores fiscais da Delegacia Regional do Trabalho de Minas Gerais e um
motorista foram vítimas de emboscada durante fiscalização das condições
de trabalho e moradia de colhedores de feijão.
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal ficaram responsáveis
pelas investigações e indiciaram nove pessoas, entre mandantes,
intermediários e executores. Atualmente, somente os executores do
quádruplo homicídio estão presos.
MARCO MARCÃO CAVALCANTE.
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