SINGELA HOMENAGEM A ESTE OUTRO GRANDE HOMEM PUBLICO, RUY BARBOSA.
Como delegado do Brasil na
II Conferência da Paz, em Haia (
1907), notabilizou-se pela defesa do princípio da igualdade dos
Estados. Sua atuação nessa conferência lhe rendeu o apelido de "
O Águia de Haia". Teve papel decisivo na entrada do Brasil na
I Guerra Mundial. Já no final de sua vida, foi indicado para ser juiz da
Corte Internacional de Haia, um cargo de enorme prestígio, que recusou.
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A liberdade não é um luxo dos tempos de bonança; é o maior elemento da estabilidade.[1] |
— Ruy Barbosa
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Ruy Barbosa, filho de João José Barbosa de Oliveira e de Maria Adélia Barbosa de Oliveira,
[2] nasceu em
1849,
na rua dos Capitães, hoje rua Ruy Barbosa, freguesia da Sé, na cidade
do Salvador, na então Província da Bahia. Aos cinco anos, fez seu
professor Antônio Gentil Ibirapitanga exclamar: "Este menino de cinco
anos de idade é o maior talento que eu já vi. (…) Em quinze dias
aprendeu análise gramatical, a distinguir orações e a conjugar todos os
verbos regulares."
Em
1861, aos onze anos, quando estudava no Ginásio Baiano de
Abílio César Borges,
futuro Barão de Macaúbas, fez o mestre declarar a seu pai, João
Barbosa: "Seu filho nada mais tem a aprender comigo." Ali, como disse
mais tarde, viveu a maior emoção de toda a sua vida, quando recebeu uma
medalha de ouro do Arcebispo da Bahia.
Em
1864,
concluído o curso ginasial, mas sem idade para entrar na Universidade,
passou o ano estudando alemão. No ano seguinte ingressou na
Faculdade de Direito de Olinda.
Em
1867, adoeceu de "incômodo cerebral". Em
1868 abrigou em sua casa por alguns dias,
Castro Alves, seu antigo colega no Ginásio Baiano, em razão do rompimento dele com Eugênia Câmara. Proferiu o famoso discurso saudando
José Bonifácio, o Moço.
Em
1870, graduou-se como bacharel pela
Faculdade de Direito do Largo de São Francisco e retornou à
Bahia, acometido, novamente, de incômodo cerebral. Em
1871
começou a advogar e estreou no júri, tendo registrado: "Minha estreia
na tribuna forense foi, aqui, na Bahia, a desafronta na honra de uma
inocente filha do povo contra a lascívia opulenta de um mandão."
Em
1872, iniciou-se no
jornalismo, no
Diário da Bahia, e viveu a sua primeira crise amorosa. Brasília era o nome da senhorinha e morava no bairro de Itapagipe. Em
1873 assumiu a direção do
Diário da Bahia e fez conferência no
Teatro São João
sobre "eleição direta". O pai confessa, numa carta, que "poucos o
igualam", que ele "foi aplaudido de um modo que me comoveu", e ainda
"dizem-me que é superior a José Bonifácio e sustentam que certamente
hoje não se fala melhor do que ele."
Em
1876, casou-se com a baiana Maria Augusta Viana Bandeira. Em
1877, foi eleito deputado à Assembleia da Bahia. No ano seguinte foi eleito deputado à Assembleia da Corte. Em
1881 promoveu a Reforma Geral do Ensino.
Em
9 de junho de 1889 recusou o convite para integrar o
Gabinete Ouro Preto. "Não posso ser membro de um Ministério que não tome por primeira reforma a Federação." Em novembro daquele mesmo ano
Benjamin Constant escreveu a Ruy: "Seu artigo de hoje,
Plano contra a Pátria, fez a República e me convenceu da necessidade imediata da revolução." Dias depois, em
15 de novembro de 1889, Barbosa redigiu o primeiro decreto do governo provisório e foi nomeado
Ministro da Fazenda, no governo de
Deodoro da Fonseca.
Em 1890
D. Pedro II
diz: "Nas trevas que caíram sobre o Brasil, a única luz que alumia, no
fundo da nave, é o talento de Ruy Barbosa." Ainda neste ano, lança os
decretos de reforma bancária, no qual foi criticado por Ramiro Barcelos,
que, anos depois, se penitenciou: "A desgraça da República foi nós, os
históricos, não termos compreendido logo a grandeza de Ruy". Elabora-se o
projeto de
Constituição em sua casa.
Em 14 de dezembro do mesmo ano, Ruy Barbosa, então Ministro da
Fazenda, mandou queimar os Livros de Matrículas de escravos existentes
nos cartórios das comarcas e registros de posse e movimentação
patrimonial envolvendo todos os Escravos, o que foi feito ao longo de
sua gestão e de seu sucessor. A razão alegada para o gesto teria sido
apagar "a mancha" da escravidão do passado nacional. Mas especialistas
afirmam que Ruy Barbosa quis, com a medida, inviabilizar o cálculo de
eventuais indenizações que vinham sendo pleiteadas pelos antigos
proprietários de escravos. Apenas 11 dias depois da
Abolição da Escravatura, um projeto de lei foi encaminhado à Câmara, propondo ressarcir senhores dos prejuízos gerados com a medida.
[3]
Em 1891 é nomeado Primeiro Vice-Chefe do Governo Provisório. Em 1892
abandona a bancada do Senado, depois de feita a justificativa em
discurso. Dias mais tarde lança um manifesto à nação no qual diz a
famosa frase: "Com a lei, pela lei e dentro da lei; porque fora da lei
não há salvação. Eu ouso dizer que este é o programa da República". Em
23 de abril do mesmo ano sobe as escadarias do
Supremo Tribunal Federal, sob ameaça de morte, para defender, como patrono voluntário, o
habeas corpus dos
desterrados de Cucui.
Em 7 de fevereiro de 1893 volta à Bahia para um encontro consagratório com
Manuel Vitorino, ocasião em que fala de sua terra: "Ninho onde cantou
Castro Alves, verde ninho murmuroso de eterna poesia". Em setembro do mesmo ano, a Revolta. Refugia-se na Legação do
Chile. Sob ameaça de morte, exila-se em
Buenos Aires.
Ainda em exílio, no ano seguinte Ruy viaja a
Londres, de onde escreve as
Cartas da Inglaterra para o
Jornal do Commercio
a partir de 7 de janeiro de 1895. No ano seguinte produz textos a
serviço dos insurrectos de 1893. Escreve na imprensa: "E jornalista é
que nasci, jornalista é que eu sou, de jornalista não me hão de demitir
enquanto houver imprensa, a imprensa for livre…"
Em
3 de abril de
1902 publica parecer crítico ao projeto do
Código Civil. Ao final do ano, em 31 de dezembro, lança réplica às observações feitas pelo filólogo
Ernesto Carneiro Ribeiro, seu antigo mestre na Bahia. A tréplica de Carneiro só veio a público em
1923. Foi a maior polêmica filológica da Língua Portuguesa.
Três anos depois, em
1905, chegou a se candidatar a presidente, porém retirou sua candidatura para apoiar a de
Afonso Pena.
[5]
Para a eleição de
1 de março de 1910, integra com o presidente de São Paulo, Dr.
Albuquerque Lins, a chapa dos candidatos da soberania popular, na
Campanha Civilista, sendo Ruy candidato a presidente da república, e Albuquerque Lins a vice-presidente. O país se dividiu:
Bahia,
São Paulo,
Pernambuco,
Rio de Janeiro e parte de
Minas Gerais apoiaram o candidato Ruy Barbosa, e os demais estados apoiaram a candidatura de
Hermes da Fonseca, que tinha
Wenceslau Brás como seu vice. Hermes e Wenceslau Brás venceram. Hermes teve 403 867 votos contra 222 822 votos dados a Ruy Barbosa.
[4]
Em junho de
1913 inicia sua terceira candidatura à Presidência pela Convenção Nacional, no
Teatro Politeama do
Rio de Janeiro
- "a maior solenidade popular registrada, até hoje, na história
brasileira". Na iminência de perder para Wenceslau Brás, lança em
dezembro o "Manifesto à Nação", renunciando à candidatura. Ruy obteve,
em
1º de março de
1914, 47 000 votos, tendo sido derrotado por Wenceslau Brás.
[4]
Três anos depois, a
9 de julho de
1917, participa do Centenário de
Tucuman. Ao receber o título de professor
honoris causa da Faculdade de Direito e Ciências Sociais de
Buenos Aires, em
14 de julho, protesta - a propósito da
Guerra Mundial em curso na Europa - contra a postura dos países neutros diante das atrocidades do conflito. Em seu discurso intitulado o
Dever dos Neutros , Rui defende o princípio de que
neutralidade não pode ser confundida com indiferença e impassibilidade, apoiando firmemente a causa dos aliados. Segundo ele, a invasão da
Bélgica pelos alemães, no final de
1915,
representava o revés das conquistas alcançadas na Conferência da Paz em
Haia. O discurso teve repercussão internacional, e suas teses
provocariam mudanças drásticas na política externa do Brasil - até então
neutro na Guerra Mundial. Durante todo o ano de
1917,
Rui participaria de comícios e manifestações contra a agressão aos
navios da marinha mercante brasileira. Finalmente, convocado pelo
presidente da República,
Venceslau Brás, participaria da reunião em que foi revogado o decreto de neutralidade do Brasil no conflito, em
10 de junho de 1917.
[9] Victorino de la Plaza, presidente da
Argentina,
após o banquete que lhe ofereceu Ruy, falou: "Já disse aos meus
ministros que, aqui, o Sr. Ruy Barbosa, com credenciais ou sem elas,
será considerado sempre o mais legítimo representante do
Brasil."
Folheto da campanha de 1919:
Ruy é o salvador da pátria.
Em
13 de abril de
1919 concorre pela quarta e última vez à Presidência, e, como anteriormente, contra a sua vontade. Perde as eleições para
Epitácio Pessoa.
[4] Promove conferências pelo sertão da
Bahia.
Ainda em 1919, dada a intervenção de Epitácio Pessoa na Bahia, reitera a
recusa, feita um ano antes, de representar o Brasil na
Liga das Nações, durante a
Conferência de Versalhes - que estipulou os termos da paz entre vitoriosos e derrotados na Primeira Guerra.
[10]
Em
1921, com o "coração enjoado da política", renuncia à cadeira de
senador. Jubileu político ao lado dos moços doutorandos de
São Paulo. A
Bahia,
que ele chamou de "mãe idolatrada", reelege-o senador novamente, e ele
diz: "É um ato de obediência, em que abdico da minha liberdade, para me
submeter às exigências do meu Estado natal". Recusa o cargo de Juiz
Permanente na Corte de Haia (ocupado posteriormente por Epitácio
Pessoa). Ainda no mesmo ano, recusa projeto do senador
Félix Pacheco
para que fosse concedido a Ruy um prêmio nacional em dinheiro, dizendo:
"A consciência me atesta não estar eu na altura de galardão tão
excepcional".
Em julho de
1922 sofre um grave
edema pulmonar, com iminência de morte. Meses depois, em fevereiro de 1923, sofre uma
paralisia bulbar. Dr. Ruy diz a seu médico: "Doutor, não há mais nada a fazer". A 1º de março de 1923 falece em
Petrópolis, à tarde, aos 73 anos de idade tendo como últimas palavras: "Deus, tende compaixão de meus padecimentos"
[carece de fontes].
Seu corpo foi sepultado em um grande
mausoléu familiar, no
Cemitério de São João Batista, onde repousou até
1949.
Nas comemorações de seu centenário de nascimento, seus restos mortais
foram exumados e trasladados para a cidade de Salvador, onde se
encontram até hoje.
[editar] Genealogia
Ruy Barbosa de Oliveira era filho do médico João José Barbosa de
Oliveira (1818-1874) e de d. Maria Adélia Barbosa de Almeida (falecida
em 1867). Maria Adélia era prima sobrinha de João José e, graças a isso,
Ruy Barbosa era primo neto de seu próprio pai.
João José Barbosa de Oliveira era filho de Rodrigo António Barbosa de
Oliveira, nascido em Salvador em 1768, e de Maria Soares Simas. Era
neto paterno do sargento-mor de ordenanças António Barbosa de Oliveira,
natural do Porto (Portugal) e de Ana Maria de Sousa e Castro.
Maria Adélia Barbosa de Almeida era filha do major Caetano Vicente de Almeida (falecido em 1857)
[11]
e de Luiza Clara Joaquina Barbosa de Oliveira (falecida em 1867). Luísa
era filha do capitão António Barbosa de Oliveira e de Ignacia Feliciana
Joaquina Soares Serpa e era neta paterna do sargento-mor de ordenanças
António Barbosa de Oliveira, natural do Porto (Portugal) e de Ana Maria
de Sousa e Castro.
Foram tios de Ruy Barbosa (irmãos de Maria Adélia Barbosa de Almeida)
o bacharel Caetano Vicente de Almeida Jr. (1811-1890), que se tornou o
Barão de Mucuri em 23 de janeiro de 1887, e o também bacharel
Luís Antônio Barbosa de Almeida (1812-1892), que na qualidade de vereador da Câmara Municipal de Salvador atuou na revolta da
Sabinada (1837).
Os descendentes de Ruy Barbosa com d. Maria Augusta Viana Bandeira
levam o sobrenome "Ruy Barbosa". Em suas primeiras gerações, esta foi
uma família de diplomatas, o que ajudou a fortalecer o mito de que a
carreira diplomática é transmitida de pai para filho.
[11]
Entre os descendentes de Ruy Barbosa está a atriz da Rede Globo
Marina Ruy Barbosa, sua tetraneta.
[11]
Marina nasceu no Rio de Janeiro em 1995 e é filha do fotógrafo Paulo
Ruy Barbosa e da artista plástica Geoconda de Souza. É neta paterna de
Paulo Marcos Saraiva e de Marina Ruy Barbosa, que por sua vez é filha do
diplomata
Armando Braga Ruy Barbosa e de Yolette Miranda. Armando era filho de
Alfredo Ruy Barbosa
(1879-1939), oficial da Marinha, bacharel em Direito e deputado federal
pela Bahia, e de Marina Braga. Alfredo foi o segundo filho de Ruy
Barbosa.
[editar] Academia Brasileira de Letras
[editar] Vida política
- Deputado Provincial - 1878
- Deputado Geral - 1878 a 1881
- Deputado Geral - 1882 a 1884
- Senador - 1890 a 1892
- Senador - 1892 a 1897
- Senador - 1897 a 1906
- Senador - 1906 a 1915
- Senador - 1915 a 1921
[editar] Principais obras
- Visita à Terra Natal;
- Figuras Brasileiras;
- Contra o Militarismo;
- Correspondencia de Ruy;
- Mocidade e Estilo;
- Castro Alves: Elogio do Poeta pelos Escravos, 1881;
- O Papa e o Concílio, 1877;
- O Anno Político de 1887;
- Relatório do Ministro da Fazenda, 1891;
- Finanças e Políticas da República: Discursos e Escritos,1893;
- Os Atos Inconstitucionais do Congresso e do Executivo ante a Justiça Federal, 1893;
- Cartas de Inglaterra, 1896;
- Anistia Inversa: Caso de Teratologia Jurídica, 1896;
- Posse dos Direitos Pessoais, 1900;
- O Código Civil Brasileiro, 1904;
- Discurso, 1904;
- O Acre Septentrional, 1906;
- Actes et discours. La Haye: W.P. van Stockum et Fils, 1907;
- O Brasil e as Nações Latino Americanas na Haia, 1908;
- O Direito do Amazonas ao Acre Septentrional, 1910;
- Excursão Eleitoral aos Estados da Bahia e Minas Gerais: Manifestos à Nação, 1910;
- Plataforma, 1910;
- Ruy Barbosa na Bahia, 1910;
- O Dever do Advogado, 1911;[12]
- O Sr. Ruy Barbosa, no Senado, responde às insinuações do Sr. Pinheiro Machado, 1915;
- Problemas de Direito Internacional. Londres: Jas.Trucott&Son, 1916;
- Conferência. Londres: Eyre and Spottiswoode Ltda, 1917;
- Oswaldo Cruz, 1917;
- Oração aos Moços, 1920.[13]
Logo após sua morte, o jurista baiano
João Mangabeira, seu discípulo, fez o discurso em sua homenagem e memória. Aos 5 de novembro de 1924,
Otávio Mangabeira, lembrando a data de seu nascimento, fez o seguinte discurso:
- "Na data de hoje, sr. Presidente, na capital da Bahia,(…) nasceu Ruy
Barbosa. (…)Recordando a figura do grande evangelista que com a pena e
com a tribuna, irradiando e bramindo, nas vanguardas, a peito aberto, no
alto jornalismo de combate, nos comícios populares, nas casas do
Parlamento, nos pretórios; nas assembléias internacionais, em toda a
parte primus inter pares a eloqüência, de mãos dadas com a
bravura, robustecida pela abnegação e animada pela fé, não precisou de
outras armas, para servir, por mais de meio século construindo,
deslumbrando, (…) dominando as opiniões que dirigia, às Letras, ao
Direito, à Liberdade.
- Enriqueceu a língua portuguesa, pela palavra falada e pela escrita,
com as mais belas obras de arte. Em Haia e em Buenos Aires, para um
auditório que era a humanidade, falou, por idiomas estrangeiros, em
alocuções imortais que comoveram o Universo, a linguagem das mais
lídimas aspirações humanas. Nunca fraqueou ante a injustiça, ante a
ingratidão, ante os revezes. Nunca se acobardou ante o perigo.
(aplausos)
- (…) Construtor, por excelência, da República, foi principalmente na
República, franzino e débil no corpo, quão rijo, e forte, e valoroso no
espírito, a ponta de platina, impávido a receber e a desviar(…) a
eletricidade das tormentas."
- "(…) Feliz do povo que estremecer a justiça! Feliz do povo que viver
no trabalho! Sobretudo, sr. Presidente, feliz do povo que não perder o
ideal.
- (…) Volvamos o nosso espírito para a tranqüilidade onde repousa o
magno sacerdote da nossa democracia, o grande semeador a quem devemos os
frutos mais excelentes do nosso liberalismo constitucional. Para que
seu fulgor nos ilumine! Para que o seu exemplo nos ampare! (…) Para que
desçam, portanto, sobre o coração e a consciência dos que se digladiam
no Brasil, ao sol das lutas políticas, a misericórdia, a clemência, as
inspirações do Senhor!
- Para que estremeçamos a Justiça, para que vivamos no Trabalho, para que não percamos o Ideal!"
- Última frase
Ruy fez seu testamento político na fórmula de um epitáfio, que ele mesmo escreveu para sua pedra funerária:
- Estremeceu a Justiça; viveu no Trabalho; e não perdeu o Ideal.
[editar] Cem anos de nascimento
Em comemoração ao primeiro centenário de seu nascimento, Ruy Barbosa foi homenageado com a inauguração do
Fórum Ruy Barbosa.
A partir de então, o prédio passou a abrigar os seus restos mortais que
foram transferidos do Rio de Janeiro para a Bahia e onde permanecem até
hoje, como desejou o
Desembargador Pedro Ribeiro. Na época, o escultor
Mário Cravo Junior foi convidado a criar uma escultura, nomeada pelo artista como
Cabeça de Rui Barbosa. Na Sessão Conjunta solene do Congresso Nacional foram oradores deputado João Mangabeira e o Senador Clodomir Cardoso.
[editar] Representações na cultura
Imprimiu-se também sua
efígie nas notas de Cz$ 10,00 (dez cruzados) de 1986.
↑ Variadas vezes, quer por desconhecimento específico, quer por mero descuido, tem-se grafado o
prenome
de Ruy Barbosa como "Rui", conquanto a forma correta, posto que assim
registrada em cartório, seja "Ruy", irrefutavelmente. Não se pode
(jamais se pode) defender que a forma "Rui" (com \i\ em lugar de \y\)
fosse exigida pelas normas de Acordo Ortográfico anterior ao
Acordo Ortográfico de 1990, pois sempre foi expressamente claro nos textos daquelas normas que,
embora as letras \k\, \w\ e \y\, maiúsculas e minúsculas, não integrassem o alfabeto então considerado oficial em língua portuguesa, todavia eram aceitas sem ressalvas na grafia de nomes estrangeiros ou de símbolos consagrados. Com muito mais razão devesse ser acolhida a grafia registrada em cartório de um nome nascido em cultura lusa.
Referências
- ↑ Ruy Barbosa (em português) (2009). Página visitada em 20 de maio de 2010.
- ↑ ABREU, Alzira de; LAMARÂO, Sérgio (organizadores). Personalidades da política externa brasileira. Brasília : Fundação Alexandre de Gusmão, 2007.
- ↑ "Escravos: povo marcado", Felipe van Deursen. Aventuras na História
- ↑ a b c d PORTO, Walter Costa, O voto no Brasil, Editora Topbooks, 2002.
- ↑ Barbosa, Ruy, Excursão eleitoral ao Estado de São Paulo, Casa Garraux, São Paulo, 1909
- ↑ Citado por Freitas Nobre no prefácio de A imprensa e o dever da verdade,
de Rui Barbosa. 3ª edição, atualizada e revista. São Paulo: Com-Arte;
Editora da Universidade de São Paulo, 1990. Clássicos do Jornalismo
Brasileiro.
- ↑ Mudanças e permanências na rede viária do Contestado: Uma abordagem acerca da formação territorial do sul do Brasil, por Nilson Cesar Fraga.
- ↑ Rui Barbosa - curiosidades e fatos Interessantes
- ↑ Biografia
- ↑ Rui Barbosa - estadista e escritor brasileiro
- ↑ a b c SAID, Fabio M. O clã Almeida de Caravelas e Alcobaça. São Paulo: edição do autor, 2010. pp. 175-187. ISBN 978-85-910098-1-7.
- ↑ BARBOSA, Ruy. O dever do advogado. Carta a Evaristo de Morais; prefácio de Evaristo de Morais Filho. 3ª ed. rev. Rio de Janeiro : Edições Casa de Rui Barbosa, 2002.
- ↑ http://books.google.com/books?id=4SXbdpSart8C&printsec=frontcover&source=gbs_v2_summary_r&cad=0#v=onepage&q=&f=false
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas