segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Promotoria investigará "fantasma" da Câmara. Parabéns a Promotoria. Marco Cavalcante



Promotoria investigará "fantasma" da Câmara

Órgão instaurou inquérito para apurar atuação de funcionária de vereador


marcelo prates
alexandre gomes
Alexandre Gomes confirmou que paga cerca de R$ 1 mil para servidora ‘fantasma’ da Câmara


O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou inquérito civil para apurar as denúncias de que o vereador de Belo Horizonte, Alexandre Gomes (PSB), mantém uma funcionária fantasma na Câmara Municipal. A investigação, que está sendo conduzida pelo promotor de Patrimônio Público João Medeiros, teve início depois que o Hoje em Dia noticiou, com exclusividade, que o parlamentar paga com dinheiro público uma funcionária particular de sua clínica.

Apesar de ser fichada na Câmara, Simone França trabalha como administradora da Clínica Vencer Consultório Especializado, em Venda Nova. Sem saber que estava sendo gravada, a funcionária confirmou que era funcionária particular de Gomes. “Sou secretária particular do doutor Alexandre Gomes e também administro a clínica para ele”, afirmou.

Na época da reportagem, publicada em 2 de fevereiro, o parlamentar desconversou. “Ela é assessora parlamentar na comunidade. Há muitos anos ela está lotada no gabinete. Ela fica em Venda Nova, fazendo visitas em ruas, faz relatórios. Ela me auxilia. De modo geral, ela trabalha assim”. Sobre o salário mensal de Simone França, Alexandre Gomes, a princípio, disse não se recordar do valor, mas em seguida disparou. “Cerca de R$ 1 mil”, disse.

Procurado, no domingo, para comentar o inquérito instaurado e publicado no Diário Oficial do MPE, o socialista não foi encontrado pelo telefone celular.

Léo Burguês revoga convocação

Foi publicado no Diário Oficial de Belo Horizonte, no sábado, um comunicado do presidente da Câmara Municipal, Léo Burguês (PSDB), revogando a convocação dos suplentes dos vereadores Carlúcio Gonçalves (PR) e Hugo Thomé (PMN) afastados judicialmente por uma suspeita de pagamento de propina a parlamentares para a construção de um shopping na capital. A convocação de Betinho Duarte (PSB) e Pastor Maurício (PR), publicada em 27 de janeiro, foi assinada pelo presidente da Casa em exercício na época, Alexandre Gomes.

Questionado sobre a revogação, o parlamentar alegou, no último sábado, que o regimento interno da Casa não prevê a convocação de suplentes em caso de afastamento judicial e que, por isso, ele e Burguês tiveram entendimentos diferentes. Ele afirmou ainda que a desconvocação foi pressionada pela maioria dos vereadores. “Houve pressão, mas a Câmara pode aguardar que os suplentes devem recorrer”.



Parabéns, a Promotoria pelo trabalho e atuação.





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