Preços dos imóveis desaceleram em Belo Horizonte
Na capital mineira foi registrada uma alta de 0,48% em relação a dezembro do ano passado, que fechou em 0,75%
Carlos Rhienck
Engenheiro Marco Antônio Izza precisou reduzir em 8% o preço de um imóvel que estava à venda
O preço do imóvel
vem perdendo fôlego nas principais capitais brasileiras. Em Belo
Horizonte, foi registrada uma alta de 0,48% em relação a dezembro do ano
passado, que fechou em 0,75%. A variação foi a menor desde setembro de
2010, quando os valores subiram 0,6%.
Os dados são do Índice Fipezap de Preços de Imóveis Anunciados, apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Os compradores ganham com a desaceleração, pois aumentam as chances de se obter um desconto no valor do bem.
Conforme o índice, o valor cobrado por metro quadrado em todo o país avançou timidamente, passando de 1,09% em dezembro passado, para 1,14% em janeiro de 2012. No acumulado do ano, os imóveis ficaram 25,5% mais caros. Em BH, a variação foi menor, de 20,6%.
O vice-presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi), Evandro Negrão de Lima Júnior, explica que a desaceleração é reflexo do ajuste do mercado. “É perfeitamente natural que isso aconteça após uma série histórica de preços subitamente elevados”, justifica.
O engenheiro Marco Antônio Izza precisou reduzir em 8% o preço de um imóvel que estava à venda no Bairro Anchieta, região Centrol-Sul da capital. Encalhado há três meses ao custo de R$ 450 mil, a saída foi baratear para conquistar o cliente. O imóvel, que tem 133 metros quadrados – 18 deles de área privativa – foi vendido há 25 dias por R$ 415 mil.
“Tenho percebido que o consumidor está ficando muito exigente. Ele busca preços que sejam realmente compatíveis com a realidade. A saída, para conseguir concluir a venda, foi reduzir o preço e aceitar as ofertas”, explica.
Mírian Dayrell, sócia-proprietária da imobiliária de mesmo nome, que funciona em Belo Horizonte, também argumenta que a desaceleração é um reajuste natural. “Em 2011 tivemos uma oscilação muito grande e, agora, os preços voltam a ter coerência com a lei da oferta e da procura”, afirma. “O momento agora é de quem busca. O comprador é a bola da vez”, emenda.
Já o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis em Minas (Cresci-MG), Paulo José Vieira Tavares, comenta que as variações em ritmo reduzido sinalizam o início de uma fase de estabilização de preços. “Em anos anteriores, tivemos uma supervalorização, especialmente em função da crise que atingiu o Brasil de maneira menos intensa. Com empresas e investidores apostando no mercado nacional e no imóvel como negócio e a oferta aumentada, a demanda caminhou em ritmo semelhante”, afirma.
Ao se analisar a alta acumulada em 12 meses, a tendência de desaceleração observada nos últimos meses é ainda mais notável. A pesquisa mostra que entre as capitais analisadas – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Recife e Fortaleza – os preços subiram 26% entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012.
Desde setembro de 2011, porém, quando a alta acumulada em 12 meses havia sido de 29% e 30%, respectivamente, o indicador vem caindo. O preço médio do metro quadrado em BH, em janeiro, foi o quinto mais caro registrado pelo índice FipeZap: R$ 4.547. Distrito Federal, com R$ 7.847 e São Paulo, R$ 7.589, têm os valores mais altos.
A variação positiva, no entanto, segue a tendência de desaceleração que vem sendo observada nos últimos meses. Em abril do ano passado, por exemplo, o indicador havia registrado alta de 2,69%, mas, desde então, as altas vêm sendo sucessivamente menores.
Os dados são do Índice Fipezap de Preços de Imóveis Anunciados, apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Os compradores ganham com a desaceleração, pois aumentam as chances de se obter um desconto no valor do bem.
Conforme o índice, o valor cobrado por metro quadrado em todo o país avançou timidamente, passando de 1,09% em dezembro passado, para 1,14% em janeiro de 2012. No acumulado do ano, os imóveis ficaram 25,5% mais caros. Em BH, a variação foi menor, de 20,6%.
O vice-presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi), Evandro Negrão de Lima Júnior, explica que a desaceleração é reflexo do ajuste do mercado. “É perfeitamente natural que isso aconteça após uma série histórica de preços subitamente elevados”, justifica.
O engenheiro Marco Antônio Izza precisou reduzir em 8% o preço de um imóvel que estava à venda no Bairro Anchieta, região Centrol-Sul da capital. Encalhado há três meses ao custo de R$ 450 mil, a saída foi baratear para conquistar o cliente. O imóvel, que tem 133 metros quadrados – 18 deles de área privativa – foi vendido há 25 dias por R$ 415 mil.
“Tenho percebido que o consumidor está ficando muito exigente. Ele busca preços que sejam realmente compatíveis com a realidade. A saída, para conseguir concluir a venda, foi reduzir o preço e aceitar as ofertas”, explica.
Mírian Dayrell, sócia-proprietária da imobiliária de mesmo nome, que funciona em Belo Horizonte, também argumenta que a desaceleração é um reajuste natural. “Em 2011 tivemos uma oscilação muito grande e, agora, os preços voltam a ter coerência com a lei da oferta e da procura”, afirma. “O momento agora é de quem busca. O comprador é a bola da vez”, emenda.
Já o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis em Minas (Cresci-MG), Paulo José Vieira Tavares, comenta que as variações em ritmo reduzido sinalizam o início de uma fase de estabilização de preços. “Em anos anteriores, tivemos uma supervalorização, especialmente em função da crise que atingiu o Brasil de maneira menos intensa. Com empresas e investidores apostando no mercado nacional e no imóvel como negócio e a oferta aumentada, a demanda caminhou em ritmo semelhante”, afirma.
Ao se analisar a alta acumulada em 12 meses, a tendência de desaceleração observada nos últimos meses é ainda mais notável. A pesquisa mostra que entre as capitais analisadas – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Recife e Fortaleza – os preços subiram 26% entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012.
Desde setembro de 2011, porém, quando a alta acumulada em 12 meses havia sido de 29% e 30%, respectivamente, o indicador vem caindo. O preço médio do metro quadrado em BH, em janeiro, foi o quinto mais caro registrado pelo índice FipeZap: R$ 4.547. Distrito Federal, com R$ 7.847 e São Paulo, R$ 7.589, têm os valores mais altos.
A variação positiva, no entanto, segue a tendência de desaceleração que vem sendo observada nos últimos meses. Em abril do ano passado, por exemplo, o indicador havia registrado alta de 2,69%, mas, desde então, as altas vêm sendo sucessivamente menores.
QUESTÃO DE SENSO.
MARCO MARCÃO CAVALCANTE

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