terça-feira, 10 de julho de 2012

Papa lamenta em telegrama morte de Dom Eugenio Sales


Papa lamenta em telegrama morte de Dom Eugenio Sales

Publicação: 10/07/2012 11:30 Atualização: 10/07/2012 12:27
 (AP Photo/Plinio Lepri)

Rio de Janeiro – 
O papa Bento XVI enviou nesta terça-feira um telegrama ao arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, exprimindo “pêsames” pela morte do cardeal dom Eugenio Sales, que comandou a arquidiocese da cidade por 30 anos até 2001. O telegrama ressalta a “longa vida de dedicação à igreja” de Sales.

O corpo do cardeal dom Eugenio Sales será velado a partir do meio-dia na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no centro. Sales deverá ser sepultado na cripta (local da igreja onde são enterrados os sacerdotes) da catedral amanhã, quando seu irmão, dom Heitor Sales, voltar de uma viagem à Europa. Sales morreu na noite de ontem, vítima de um infarto.

Natural de Acari, no Rio Grande do Norte, Dom Eugenio chegou a ter o nome cogitado entre os candidatos a papa, depois da morte de João Paulo I.

Veja fotos de Don Eugênio Sales


Dom Orani João Tempesta, que substituiu Dom Eugenio em 2001, disse que nos últimos dois anos, em razão da idade, o arcebispo emérito começou a reduzir as atividades. "Ele já tinha dificuldades para andar, o raciocínio já estava um pouco lento", afirmou.

Ele também destaca o importante trabalho realizado por Dom Eugenio, que nos últimos meses, apesar da idade, ainda tinha força de atender às pessoas em seu escritório. "Foi um grande representante da Igreja Católica junto à Santa Sé. Governou a Arquidiocese durante 30 anos, criou a campanha da fraternidade, trabalhou socialmente na favela do Vidigal e em outras mais, soube exercer sua função na sociedade, na igreja e no País. Durante os anos em que ficou afastado da Arquidiocese, escreveu artigos para jornais, tinha um programa semanal na TV", acrescentou.


Veja a íntegra do telegrama do papa Bento XVI:

“Recebida a triste notícia do falecimento do venerado cardeal Eugenio de Araujo Sales, depois de uma longa vida de dedicação à igreja no Brasil, venho exprimir meus pêsames a si e aos bispos auxiliares, ao clero e comunidades religiosas, e aos fiéis da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, que por três décadas teve nele um intrépido pastor, revelando-se autêntica testemunha do evangelho no meio do seu povo. Dou Graças ao senhor por ter dado à Igreja tão generoso pastor que, nos seus quase 70 anos de sacerdócio e 58 de episcopado, procurou apontar a todos a senda da verdade na caridade e do serviço à comunidade, em permanente atenção pelos mais desfavorecidos, na fidelidade ao seu lema episcopal: Impendam et superimpendar (Gastarei e gastar-me-ei por inteiro por vós). Enquanto elevo fervorosas preces para que Deus acolha na sua felicidade eterna este seu servo bom e fiel, envio a essa comunidade arquidiocesana, que lamenta perda dessa admirada figura, à Igreja no Brasil, que nele sempre teve um seguro ponto de referência e de fidelidade à Sé Apostólica, e a quantos tomam parte nos sufrágios animados pela esperança da ressurreição, uma confortadora bênção apostólica.”

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