sexta-feira, 20 de julho de 2012

Compra por impulso afeta 59,3% dos consumidores em BH


Compra por impulso afeta 59,3% dos consumidores em BHA pesquisa também apontou que o cartão de crédito é o que mais pesa no orçamento doméstico com 61,1%

Publicação: 20/07/2012 14:51 Atualização: 20/07/2012 15:51
Vitrine de loja com mercadorias em liquidação atraem consumidores  (Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Vitrine de loja com mercadorias em liquidação atraem consumidores
Cresce o número de consumidores que admitem comprar por impulso em Belo Horizonte. O índice chegou a 59,3% no mês de junho, frente aos 56% registrados no mês anterior, de acordo com dados da Pesquisa de Orçamento Doméstico, realizada pela Fecomércio Minas e divulgada nesta sexta-feira. Em contrapartida, caiu o número de pessoas que buscam planejar seu orçamento mensal, ficando em 84,2%, índice abaixo dos 88% de maio.

Outro fator preocupante mostrado pela pesquisa é o alto número de pessoas que planejam os gastos, mas não cumprem ou executam parcialmente, representando 60% das respostas. Apenas 25% dos entrevistados dizem que seguem rigidamente o que foi planejado. “Nota-se uma incoerência entre opiniões e comportamentos declarados por parte dos consumidores, uma vez que a maioria declara que planeja os gastos, que adota uma postura consciente no que diz respeito ao consumo, mas menos da metade assume realmente essa postura”, ressalta o supervisor de pesquisas da Fecomércio Minas, Eduardo Ângelo Gonçalves Dias. 

Despesas 


Em relação às despesas correntes, a tarifa de água se manteve no primeiro lugar com 33% em junho, mais de seis pontos percentuais em relação ao mês de maio (26,1%), ficando bem acima dos gastos com alimentação, supermercados, que corresponderam a 24,9%. Na sequência, a energia elétrica (16,3%) e a telefonia fixa (7%) são os que tem mais peso dentre os itens que compõem as despesas correntes, segundo os consumidores.

A pesquisa também apontou que o cartão de crédito é o que mais pesa no orçamento doméstico com 61,1%, seguido de longe pelas dívidas no cheque pré-datado (8,2%) e o cheque especial (5,8%). No uso do cartão, a opção pelo parcelamento é forma preferida das pessoas, com 75,3% das respostas. Isso representa que o cartão é o meio de financiamento principal para as compras. Os financiamentos de imóveis (4,7%) e de carros (4,3%) apresentaram uma tendência de aumento nas últimas pesquisas, o que pode ser explicado pelos incentivos governamentais para aquisição de veículos e de moradia. 

“Um dado importante é o de que 96,1% dos entrevistados afirmam que pagariam suas compras à vista caso fosse oferecido desconto, um indicativo importante para os empresários dispostos a fortalecer o caixa, fugir do peso das taxas de administração das adquirentes de cartões e criar vantagens competitivas frente à concorrência”, ressalta o supervisor de pesquisas.

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