Avenida Nossa Senhora do Carmo: o corredor do desrespeito
Publicação: 28/06/2012 06:00 Atualização: 28/06/2012 06:52
Equipamento móvel registrou na Avenida Carlos Luz maior velocidade poucos quarteirões após o radar |
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Radares fixos viram quebra-molas de luxo em BHA via, como a Avenida Carlos Luz e Raja Gabaglia, que estão entre as mais importantes da cidade, não recebeu nenhum dos 13 novos radares fixos instalados pela BHTrans entre 2010 e 2011, como medida de controle de velocidade e redução de acidentes. No período também não foi registrada redução das ocorrências referentes a batidas e colisões, mesmo com o incremento da fiscalização eletrônica. No ano passado, a Polícia Civil informou ter registrado 25.307 acidentes na capital mineira, contra 20.699 do ano anterior. Neste ano já foram 4.994 ocorrências de veículos acidentados. A média desses 90 dias, de 55,5 acidentes a cada 24 horas, ainda está abaixo da registrada nos últimos dois anos, que foi de 56,7 em 2010 e 69,3 no ano seguinte.
Segundo local onde os motoristas mais ultrapassaram a velocidade permitida ao vencer os 300 primeiros metros após os radares, a Avenida Carlos Luz chegou a registrar ontem 25,7% de condutores acima da velocidade de 60 km/h. Dos 57 que passaram por lá entre as 11h35 e as 11h40, 13 (15,8%) não cumpriam o limite. Desses, nove estavam acima da tolerância de 10%, ou seja, seguiam a mais de 66 km/h. A via também foi onde a maior velocidade foi registrada, com uma BMW chegando a 89 km/h.
Para o mestre em engenharia de transportes e professor da PUC Minas Paulo Rogério da Silva Monteiro, os radares devem ter limites que façam sentido para quem percorre a via, ou isso se torna mais um estímulo a ultrapassar a velocidade máxima, mesmo em áreas monitoradas. “Se a pessoa sente que poderia dirigir mais rápido, mas um radar lhe impõe uma velocidade muito baixa, a tendência é de que haja transgressão do limite. Por isso a regulamentação deve ser coerente”, disse.
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