sexta-feira, 30 de março de 2012

DESRESPEITO TOTAL.MARCO MARCAO CAVALCANTE. Escolas do DF cobram taxas extras para matricular estudantes com síndrome de Down A prática é condenada pelo Conselho Nacional de Educação e pela Secretaria de Educação, que pregam o respeito à inclusão

DESRESPEITO TOTAL.



MARCO MARCAO CAVALCANTE



Escolas do DF cobram taxas extras para matricular estudantes com síndrome de Down. A prática é condenada pelo Conselho Nacional de Educação e pela Secretaria de Educação, que pregam o respeito à inclusão
Publicação: 30/03/2012 10:42 Atualização: 30/03/2012 10:43
Lourdes Lima, mãe de Lia: 'Em uma delas (escolas) queriam me cobrar quatro mensalidades a mais'  (Gustavo Moreno/CB/D.A Press)
Lourdes Lima, mãe de Lia: 'Em uma delas (escolas) queriam me cobrar quatro mensalidades a mais'

Acabar com a discriminação e incluir pessoas com distúrbios genéticos na sociedade. O discurso aparece em leis, em decretos, em organizações públicas ou privadas, na boca de políticos, além de ser um direito garantido pela Constituição Federal. Para os portadores da síndrome de Down do DF, no entanto, as dificuldades começam na escola e pesam no bolso dos pais. Estabelecimentos particulares cobram taxas extras para matricular esse tipo de aluno. A prática é ilegal, segundo o Conselho Nacional de Educação (CNE), e a Secretaria de Educação. Ambos consideram a cobrança discriminação.

De seis escolas visitadas pela reportagem, quatro exigem a contratação de um acompanhante no ato da matrícula para fazer companhia à criança especial. O Colégio Santa Rosa (602 Sul), a Escola Renascença (914 Norte) e a Escola Nossa Senhora de Fátima (906 Sul) são enfáticos ao ressaltar que o aprendizado só é garantido com a presença desse profissional. Um docente auxiliar custa, em média, R$ 600, se sugerido pela instituição; e R$ 1 mil, se contratado por fora.

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