Festa de São-joão está até 164% mais cara em BHLevantamento mostra diferença nos preços de produtos como a salsicha, cujo o quilo pode variar de R$ 2,49 a R$ 6,59 na capital. Movimento das Donas de Casa aconselha pesquisar
Publicação: 22/06/2012 06:00 Atualização: 22/06/2012 07:21
O consumidor tem que ficar atento para o pé de moleque e a canjica não ficarem “salgados” neste São-joão. A preocupação não é com o excesso de tempero nos quitutes da festa junina, mas com o custo que eles podem ter, caso não sejam feitas pesquisas de preços. Levantamento feito pelo Movimento das Donas de Casa de Minas Gerais (MDCMG) mostra que em apenas cinco supermercados os preços de produtos idênticos podem variar até 164%, o que numa festa para mais de 50 pessoas pode significar custo elevado.
Com base nos valores apurados, o Estado de Minas fez o calculo dos valores dos ingredientes de três receitas típicas do período: caldo de mandioca, canjica e pé de moleque. A soma mostra que a variação entre os preços dos supermercados pesquisados pode ser de 70,26% e com o dinheiro que se pode economizar é possível pagar outro prato. Por exemplo, a soma dos ingredientes mais caros para se preparar o caldo de mandioca é de R$ 28,40, enquanto a mais barata é de R$ 16,68. Com os R$ 11,72 de diferença entre os dois, dá para pagar os ingredientes para fazer uma canjica doce.
O produto com maior diferença de preço é a salsicha. Dependendo do supermercado, o principal ingrediente do cachorro-quente pode custar de R$ 2,49 até R$ 6,59 o quilo. Salsinha e cebolinha também apresentam variações elevadas. O quarto ingrediente que pode custar mais de duas vezes é a mandioca. O quilo do produto pode oscilar de R$ 1,78 a R$ 4,29, segundo levantamento do MDCMG. “É o mesmo produto, a mesma marca e preços bem diferentes. É preciso pesquisar muito para comprar produto mais barato. Ainda mais que festa junina não é para uma ou duas pessoas e, sim, muita gente. Ai pesa mesmo”, afirma a presidente da instituição, Lúcia Pacífico. Ela atenta que as pesquisadoras ainda ligaram para os estabelecimentos para confirmar se não tratava de promoções.
Rateio
Todo ano, a professora Maria Isabel Santos organiza uma festa em sua casa para mais de 150 pessoas. Entre amigos e familiares, todo mundo confirma a presença e é feito um rateio do valor total da festa. Para evitar que a conta fiquei salgada, ela tem um segredinho: faz as compras dos ingredientes em estabelecimentos da Região Central de Belo Horizonte. Na ponta do lápis, ela garante que os valores são bem menores e, no fim, salgado mesmo só o milho cozido e a pipoca. “Com certeza, as compras ficam mais baratas no Centro. O saquinho da batata palha custa lá R$ 2, enquanto no supermercado do bairro sai por quase R$ 6”, afirma Maria Isabel. Ela acredita que a conta fica cerca de 20% mais barata.
Acostumado a organizar eventos para públicos variados, o empresário Gabriel Gomes Rocha, sócio da No Ponto Eventos, segue à risca os conselhos e pesquisa antes de comprar. Em junho e julho, ele organiza mais de 10 festas juninas a cada fim de semana. Para isso, mantém contato, em média, com três fornecedores para cada produto e liga semanalmente para saber a cotação. O escolhido é o mais barato. “Faço contrato só com fornecedores top de linha. Por isso, mantenho a melhor qualidade possível”, afirma Rocha, que este ano fará festas para empresas de 50 até 2 mil convidados. No maior evento, será consumida 1 tonelada de comida. Por isso, a pesquisa pode fazer a diferença.
Com base nos valores apurados, o Estado de Minas fez o calculo dos valores dos ingredientes de três receitas típicas do período: caldo de mandioca, canjica e pé de moleque. A soma mostra que a variação entre os preços dos supermercados pesquisados pode ser de 70,26% e com o dinheiro que se pode economizar é possível pagar outro prato. Por exemplo, a soma dos ingredientes mais caros para se preparar o caldo de mandioca é de R$ 28,40, enquanto a mais barata é de R$ 16,68. Com os R$ 11,72 de diferença entre os dois, dá para pagar os ingredientes para fazer uma canjica doce.
O empresário Gabriel Gomes Rocha garante que só fecha com o fornecedor mais barato para não pesar nos eventos que costuma organizar |
O produto com maior diferença de preço é a salsicha. Dependendo do supermercado, o principal ingrediente do cachorro-quente pode custar de R$ 2,49 até R$ 6,59 o quilo. Salsinha e cebolinha também apresentam variações elevadas. O quarto ingrediente que pode custar mais de duas vezes é a mandioca. O quilo do produto pode oscilar de R$ 1,78 a R$ 4,29, segundo levantamento do MDCMG. “É o mesmo produto, a mesma marca e preços bem diferentes. É preciso pesquisar muito para comprar produto mais barato. Ainda mais que festa junina não é para uma ou duas pessoas e, sim, muita gente. Ai pesa mesmo”, afirma a presidente da instituição, Lúcia Pacífico. Ela atenta que as pesquisadoras ainda ligaram para os estabelecimentos para confirmar se não tratava de promoções.
Rateio
Todo ano, a professora Maria Isabel Santos organiza uma festa em sua casa para mais de 150 pessoas. Entre amigos e familiares, todo mundo confirma a presença e é feito um rateio do valor total da festa. Para evitar que a conta fiquei salgada, ela tem um segredinho: faz as compras dos ingredientes em estabelecimentos da Região Central de Belo Horizonte. Na ponta do lápis, ela garante que os valores são bem menores e, no fim, salgado mesmo só o milho cozido e a pipoca. “Com certeza, as compras ficam mais baratas no Centro. O saquinho da batata palha custa lá R$ 2, enquanto no supermercado do bairro sai por quase R$ 6”, afirma Maria Isabel. Ela acredita que a conta fica cerca de 20% mais barata.
Acostumado a organizar eventos para públicos variados, o empresário Gabriel Gomes Rocha, sócio da No Ponto Eventos, segue à risca os conselhos e pesquisa antes de comprar. Em junho e julho, ele organiza mais de 10 festas juninas a cada fim de semana. Para isso, mantém contato, em média, com três fornecedores para cada produto e liga semanalmente para saber a cotação. O escolhido é o mais barato. “Faço contrato só com fornecedores top de linha. Por isso, mantenho a melhor qualidade possível”, afirma Rocha, que este ano fará festas para empresas de 50 até 2 mil convidados. No maior evento, será consumida 1 tonelada de comida. Por isso, a pesquisa pode fazer a diferença.
Nenhum comentário:
Postar um comentário