sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Máquinas vão retirar 80 mil caminhões de sedimentos da Lagoa da PampulhaE oito meses, 'aspirador gigante' vai sugar 800 mil metros cúbicos de sedimentos do fundo

Máquinas vão retirar 80 mil caminhões de sedimentos da Lagoa da PampulhaE oito meses, 'aspirador gigante' vai sugar 800 mil metros cúbicos de sedimentos do fundo

Pedro Ferreira
Publicação: 11/10/2013 07:19Atualização: 11/10/2013 07:27
 ( Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

Já está em funcionamento o “aspirador gigante” que vai sugar 800 mil metros cúbicos de sedimentos do fundo da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. O maquinário, que começou a ser montado em julho, foi instalado no Córrego Sarandi, que deságua no reservatório. Em poucas horas, toneladas de areia e lixo foram jogadas para fora d’água. “Estamos com uma draga provisória de oito polegadas, mas chegarão duas de 14 polegadas para uma produção máxima. O objetivo é retirar 80 mil caminhões de sedimentos em oito meses”, informou o supervisor da obra, Ticiano Passini, da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).

Um desidratador mecânico importado da Alemanha com mais de 6 metros de altura, equivalente a um prédio de três andares, retira 50% da umidade do material coletado do fundo da lagoa pelas dragas flutuantes, que são uma espécie de balsa. A secagem do material facilita o transporte por caminhões até à empresa Czar Ambiental, no km 444 da BR-381, que tem licença para receber os sedimentos.

Entre todos os equipamentos, o que chama a atenção é o desidratador. Ele é composto por 10 módulos metálicos, entre tubos e registros que precisaram ser transportados cada um em uma carreta. A aparelhagem é capaz de separar até 1,7 mil metros cúbicos de sedimentos da água, por hora, ou cerca de 70 carretas em 60 minutos, se operar sem interrupções.

A Czar não aceita lixo e outra empresa está sendo contratada. O processo de limpeza do fundo da lagoa está começando agora e os equipamentos estão passando por ajustes”, afirmou Ticiano. Há uma tubulação que devolve toda a água para a lagoa, mas, de vez em quando, o desidratador falha. O trabalho conta com apoio de várias carregadeiras e caminhões. Segundo o supervisor, a limpeza é feita entre as 7h e as 19h, mas dependendo da produção será criado o terceiro turno. O investimento é de R$ 109 milhões, segundo ele.

A prefeitura espera concluir antes da Copa do Mundo a limpeza da lagoa. O material que será removido representa apenas 8% do volume total da represa (10 milhões de metros cúbicos). Especialistas alertam, no entanto, que apenas essa medida não será suficiente, porque é necessário também o tratamento da água, e a interceptação de esgotos.


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