ORGULHO DE SER MINEIRO -NOROESTE
MARCO MARCAO CAVALCANTE.
Natureza e cultura
Affonso Romano de Sant'AnnaPublicação: 02/11/2011 13:30 Atualização: 02/11/2011 15:21
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O futebol exemplifica bem a elasticidade das
fronteiras de Minas. Um time da cidade de Unaí, no noroeste do estado,
disputa campeonatos em Brasília. Na verdade, esta é a parte de Minas
voltada para o centro do país e para o sertão. E chega a ser
surpreendente que, antes de Ouro Preto, a cidade de Paracatu, desde
1586, já seduzisse bandeirantes por suas riquezas.
Tem outra peculiaridade essa região: vários municípios homenageiam com seus nomes mineiros ilustres. Lá está a cidade de Arinos -- com o enorme Parque Nacional Grande Sertão, e a referência dupla: ao escritor Guimarães Rosa e a Afonso Arinos, filho de Virgílio de Melo Franco. E tem Presidente Olegário, referência a outro politico que governou Minas. E tem ainda João Pinheiro, lembrando outro governador do estado. Este, um município com essa singularidade: é maior que países como Porto Rico, Chipre e Luxemburgo.
Aqui o passado e presente se contemplam e se desafiam. Pois se Minas tem a espantosa cifra de 400 comunidades quilombolas, algumas como os quilombos de São Domingos, de São Sebastião e da Lagoa do Santo Antônio estão na região de Paracatu. No século XVIII conheceram a fúria do Conde de Valadares. Dá o que pensar o fato de que levamos mais de cem anos, desde a libertação dos escravos em 1888, para assumirmos histórica e culturalmente essa realidade.
Hoje essa região tem a maior mina de ouro a céu aberto do mundo, sem falar nas minas de zinco. Historiadores como Márcia Amantino e Tarcisio Martins, no entanto, fizeram instigantes análises sobre os métodos civilizatório de ontem e de hoje. É necessário encontrar um diálogo entre ímpeto industrial e a preservação de nossas tradições culturais.
O desafio continua. Estamos no século XXI. Como transformar em complementaridade o que tem sido historicamente um insano conflito entre natureza e cultura?
Tem outra peculiaridade essa região: vários municípios homenageiam com seus nomes mineiros ilustres. Lá está a cidade de Arinos -- com o enorme Parque Nacional Grande Sertão, e a referência dupla: ao escritor Guimarães Rosa e a Afonso Arinos, filho de Virgílio de Melo Franco. E tem Presidente Olegário, referência a outro politico que governou Minas. E tem ainda João Pinheiro, lembrando outro governador do estado. Este, um município com essa singularidade: é maior que países como Porto Rico, Chipre e Luxemburgo.
Aqui o passado e presente se contemplam e se desafiam. Pois se Minas tem a espantosa cifra de 400 comunidades quilombolas, algumas como os quilombos de São Domingos, de São Sebastião e da Lagoa do Santo Antônio estão na região de Paracatu. No século XVIII conheceram a fúria do Conde de Valadares. Dá o que pensar o fato de que levamos mais de cem anos, desde a libertação dos escravos em 1888, para assumirmos histórica e culturalmente essa realidade.
Hoje essa região tem a maior mina de ouro a céu aberto do mundo, sem falar nas minas de zinco. Historiadores como Márcia Amantino e Tarcisio Martins, no entanto, fizeram instigantes análises sobre os métodos civilizatório de ontem e de hoje. É necessário encontrar um diálogo entre ímpeto industrial e a preservação de nossas tradições culturais.
O desafio continua. Estamos no século XXI. Como transformar em complementaridade o que tem sido historicamente um insano conflito entre natureza e cultura?
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