ORGULHO DE SER MINEIRO SUL DE MINAS.
MARCO MARCAO CAVALCANTE
Lendas antigas e modernas
Affonso Romano de Sant'AnnaPublicação: 19/10/2011 11:46 Atualização: 19/10/2011 12:44
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Uma lenda tupi narra que uma princesa e o Sol se apaixonaram de tal modo que a Lua se enciumou e pediu a Tupã para erguer uma alta montanha que escondesse a sedutora índia. Surgiu a Mantiqueira. O Sol, desesperado, passou a verter sangue no poente, a Lua, arrependida, a chorar estrelas. E a índia prisioneira chorou tanto que de seu olhos saíram o Rio Verde, Rio Passa Quatro, Rio Quilombo e todas as corredeiras e mananciais que chegam a Lambari, São Lourenço, Cambuquira e Poços de Caldas.
O mito explica assim o “circuito das águas” no Sul de Minas, onde há abundância de águas termais capazes de curar, em 28 dias, enfermidades várias. É da palavra indígena “Amantikir” que vem Mantiqueira que significa “montanha que chora”.
Hoje essa região não é mais terra indígena, nem é mais sesmarias por onde passavam bandeirantes buscando ouro e pedras preciosas. Para muitos o Sul de Minas lembra a época em que havia suntuosos cassinos nas estâncias hidrominerais. Com efeito, o país tinha 70 cassinos até que o presidente Dutra em 1946, movido por sua esposa Dona Santinha, acabou com a jogatina.
Para outros, esse cenário trás outras lembranças: foi em Passa Quatro que em 1930 e 1932 mineiros e paulistas travaram feroz combate pelo controle do túnel, que Pedro II havia inaugurado em 1886. Ali, um jovem médico -- Juscelino Kubchetck --, em plena batalha, instalou um Hospital de Sangue.
Hoje quem passa por aqui vê um sofisticado centro tecnológico (Lavras/Itajubá). Aqui está a terra onde nasceu Pelé (Três Corações), aqui o local da famosa porcelana (Monte Sião). E aqui o fantástico sobrevive ao lado da modernidade. Exemplo disto é não só a mística São Tomé das Letras que nos anos 70 atraía hippies de todo o país, mas a lenda urbana do aparecimento de discos voadores, que diverte os moradores de Itajubá.
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