quinta-feira, 21 de junho de 2012

PARABENS PELA INICIATIVA. Alunos do Marista Dom Silvério aceitam desafio de ficar sem celular por um dia

PARABENS PELA INICIATIVA.



Desafio em BH: Dá para viver sem celular? »Alunos do Marista Dom Silvério aceitam desafio de ficar sem celular por um diaAlunos do Marista Dom Silvério aceitaram a proposta e desligaram os aparelhos durante todo o período dentro da escola, mas confessam que se assustaram com a ideia

Publicação: 21/06/2012 06:00 Atualização: 21/06/2012 07:55
 ( Jackson Romanelli/EM/D.A Press)
Há 20 anos, ter um telefone celular era sinal de prosperidade e apenas alguns poucos executivos brasileiros ostentavam os enormes modelos de telefone portátil recém-inventados. Hoje, somente em Minas Gerais, existem mais de 24 milhões de linhas e serviços móveis, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), para cerca de 16 milhões de habitantes, e viver sem um aparelho chega a ser impensável para algumas pessoas. Mas, para conscientar os alunos sobre o uso excessivo e sua dimensão social e ambiental, a Congregação Marista promoveu ontem o Dia sem celular. E com sucesso. Muitos alunos aderiram e desligaram seus aparelhos durante todo o período dentro da escola.

A jovem Bruna Godinho, de 13 anos, aluna do Marista Dom Silvério, em Belo Horizonte, conta que inicialmente se assustou com a ideia e confessa: “Eu tenho um vício por celular. Vivo olhando Facebook, 4square, Twitter e outras coisas”. Mas, como outros colegas, ela aderiu à proposta da escola e deixou o aparelho desligado. “Agora vou tentar usar menos”, afirmou. A aluna Isabela Veiga, de 13, que tem celular desde os quatro, gostou do projeto e observou que os estudantes interagiram mais na hora do recreio. “O pior castigo que um pai pode dar é deixar o filho sem celular. Mas precisamos aprender a dosar o uso”, falou.

A campanha foi feita em várias escolas da rede em 16 estados e no Distrito Federal, incluindo duas unidades de ensino superior. O coordenador da Pastoral do Colégio Marista Dom Silvério, Rafael Basso, conta que a intenção foi promover a integração dos alunos e aproveitar as discussões da conferência das Nações Unidas, a Rio+20. “Às vezes um menino passa o ano inteiro na mesma sala que outro e eles não se conhecem”, alerta.

Atenção
A professora de português Anésia Maria Lara comemorou o projeto, mas confessou que não vive sem seu aparelho. “Hoje mesmo eu comecei a aula, falei sobre ficar sem celular, e escrevi no quadro. Depois recebi várias perguntas sobre o assunto, sinal de que não entenderam o que eu disse antes porque estavam dispersos. Falei que se desconectassem e que prestassem atenção”, conta. Ela garante que as regras da escola não permitem o uso de telefone nas salas de aula.

Pedro Zebral e Vítor Badaró, ambos de 14 anos, contam que se assustaram quando ficaram sabendo do projeto, mas garantem que adotaram a ideia e até ajudaram a escola a difundir a proposta. “Nós falamos com nossos amigos. Foi bom porque a gente pôde prestar mais atenção nas pessoas”, argumentou Vítor. Já Pedro confessa que sua maior dificuldade não é ficar sem celular: “O nosso vício são as redes sociais. É difícil ficar sem dar uma olhada”.

O agente da pastoral Helder Silva Vilela foi quem deu o aviso no sistema de som do colégio às 13h15. Ele conta que enfatizou o desafio que seria ficar sem telefone por um dia e falou também que o uso do celular envolve gastos de energia e de matéria-prima.
Tags: celular

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