Secretário de Defesa Social reconhece necessidade de aumentar efetivo policial em Minas
Ele também destaca reforço no contato com associações de moradores para conter avanço de crimes violentos em Belo Horizonte
Pedro Ferreira -
Publicação: 17/10/2012 06:00
Atualização: 17/10/2012 06:41
A onda de violência que assusta Belo Horizonte nas últimas
semanas, principalmente a Região Centro-Sul, levou o secretário de
Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, a admitir ontem a necessidade de
aumentar o efetivo das polícias Militar e Civil e buscar maior diálogo
com a população. As novas ações foram anunciadas depois de reunião de
Ferraz com comandantes das duas corporações, quando ficaram decididos
ajustes, como aumentar número de policiais e intensificar conversas com
as associações de moradores. Outra medida é fazer com que a PM dê
orientações sobre o funcionamento da segurança privada em condomínios
fechados.
Apesar de dificuldades, segundo Ferraz, o governo tem
se empenhado para recompor o efetivo das polícias. Ele disse que até
sexta-feira será anunciado reforço para a PM. “Medidas paralelas também
serão adotadas para ajudar a recomposição dos quadros da PM. O
governador está finalizando um estudo para nova inclusão na PM e nos
bombeiros, além de medidas para contenção de evasão nas polícias”,
informou.
Hoje, a PM conta com 43 mil militares, dos quais 7 mil
na capital. A Polícia Civil ganhará 280 escrivães no próximo mês e, em
março de 2013 mais 290 novos delegados. “Independentemente da questão
material, do ponto de vista institucional a gente tem feito um esforço
para envolver as bases das instituições”, sustenta.
Moradores
da Região Centro-Sul estão se mobilizando diante de uma onda de
assaltos a residências. No dia 7, a atriz Cecília Bizzoto Pinto, de 32
anos, foi assassinada em casa, no Santa Lúcia.
Com medo, moradores
do Bairro Comiteco vão se reunir com a PM na próxima terça-feira para
buscar orientações de como agir em casos de sequestros, assaltos,
furtos e invasões de residências. Eles querem ainda informações sobre a
escala de policiamento no bairro. “No ano passado, o Comiteco teve 37
casos de crimes violentos, como assaltos a mão armada em casas. Este
ano, já tivemos 19 ocorrências, segundo a PM. Já perdemos as contas de
quantos arrombamentos de casas tivemos este ano”, reclama a psicóloga
Renata Borja, que mobiliza a comunidade para criação de uma associação
de moradores.
Desde que o comerciante César de Moura Gomes foi
ferido a tiros numa tentativa de assalto no Belvedere, em agosto, o
bairro passou a ter policiamento diferenciado, segundo o secretário
Rômulo Ferraz, e as medidas serão ampliadas para outras regiões. “São
cinco pontos em que a PM se reveza. Empregados das casas participam de
reuniões e recebem orientações de como agir ”, diz o secretário.
Alerta
A
comunidade, porém, cobra mais. O presidente da Associação dos
Moradores do Belvedere, Ricardo Jeha, avalia que é preciso uma
comunicação mais direta com quem faz o patrulhamento ostensivo. “A PM
tem que liberar um número de celular para moradores falarem com a
patrulha que faz ronda. O telefone 190 filtra tudo e eles não vêm à toa
, além de demorarem a atender”, criticou.
O secretário disse
que novos equipamentos estão sendo adquiridos para a PM e que R$ 9
milhões já estão garantidos. “São equipamentos que vão ajudar a PM a
ter uma ostensividade e presença mais próxima da comunidade. Essa
visibilidade já está tendo aqui em BH. Há muito mais viaturas rodando”,
afirmou.
Sobre medidas anunciadas na semana passada, como a que
prevê destacar um PM para fazer interlocução com cada bairro, o
secretário admitiu que apenas em dezembro deverão ter resultados mais
efetivos, com a entrada em vigor do projeto de dividir BH em 96 setores
de policiamento.
Soluções contra a violência
A
Polícia Militar abriu nessa terça-feira um ciclo de reuniões com
líderes comunitários das regionais de Belo Horizonte. O encontro de
ontem ocorreu no 22º Batalhão da PM (foto). O coronel Rogério Andrade,
comandante do policiamento da capital, apresentou as propostas de
patrulhamento integrado com a comunidade, com destaque para a
setorização, em que cada bairro terá um policial como referência. Ele
falou também sobre a implantação de um canal de comunicação por e-mail
com os líderes. Dirigentes das associações demonstraram otimismo com as
propostas, mas entregaram um abaixo assinado demonstrando a
insatisfação dos moradores com o avanço da violência. Hoje, reunião
similar será realizada com a comunidade da Região Noroeste, e amanhã da
Leste.
Marco Cavalcante. Pai , Filho, Administrador de Empresas por Formação e Professor, Cristão, acredita e confia em Deus e nos homens de boa fé. Ama BH, MINAS E BRASIL de forma impar. Atuante nas áreas sociais,tem sua luta diaria em prol da saúde, educação,cultura, transporte,trânsito e segurança pública de qualidade para todos. Acreditamos na transparência pública e na participação popular para a Mudança, de Minas Gerais e do Brasil na busca cotidiana de um mundo melhor! Fazer o bem, faz bem!
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