Augusto Pio - Estado de Minas
Publicação: 17/10/2012 06:00 Atualização: 17/10/2012 07:46
Alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) beneficiados com o sistema de bônus no vestibular têm opiniões diferentes sobre a Lei das Cotas, que prevê a reserva até 2016 de 50% das vagas em instituições federais de ensino para alunos de escolas públicas e de famílias baixa renda, negros, pardos e índios. Estudante de sistema de informação, Diogo Marques Santana acredita que limitar vagas é sinal de que o governo está tentando cobrir uma falha na educação, buscando algo aparente que não vai resolver o problema. “Acredito que o governo esteja tentando uma solução paliativa, que não vai resolver o problema, que é mais complexo. Ele deveria mesmo é investir no ensino básico. Acho que a universidade pública deveria ficar mesmo para aqueles que não têm condições de pagar o ensino.”
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O estudante de ciência da computação Enzo Roiz concorda com o novo sistema de cotas, porém considera 50% um percentual alto. “É válido porque atende quem não tem oportunidade de estudar em escolas melhores. Quem estuda em uma escola pública de bairro dificilmente terá acesso a esse tipo de educação, por isso o bônus ajuda bastante. Ele dá oportunidade a quem não tem acesso à educação de qualidade que as escolas particulares oferecem de chegarem a uma faculdade”, defende.
Estudante de fisioterapia, Jéssica Pereira acha que instituição pública é para quem não pode pagar o ensino |
Contra
Phillipe Samuel defende que mérito deve ser critério de admissão |
Israel Passos de Oliveira, estudante de geologia, prefere o sistema de bônus. “Pelo que a gente vive na universidade, os 10% ou 15% de bônus dados pela UFMG para alunos de escolas públicas e negros não influenciaram nada na qualidade do ensino nem no aproveitamento destes estudantes. Acho que os 50% de vagas para cotistas poderão causar algum tipo de discriminação até mesmo dentro da própria universidade. Não concordo com isso, mesmo estudando a vida inteira em escola pública e tendo o bônus de 15%. Acredito que isso possa fazer com com que o ensino regrida nas universidades. É querer integrar todos os alunos, mas já partindo de um preconceito”, acrescenta.
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